A diretoria do Palmeiras traçou um plano claro para o futuro de dois de seus principais jogadores, o lateral Joaquín Piquerez e o meia Raphael Veiga. O clube definiu os altos valores para uma eventual venda e, em um movimento estratégico, já contratou as peças de reposição: o lateral Jefté, ex-Rangers, e o meia Andreas Pereira, ex-Fulham.
A mensagem para o mercado é clara: o Verdão está no controle da situação e só negocia seus atletas nos seus próprios termos.
Piquerez: renovado e valendo € 20 milhões
A situação de Joaquín Piquerez é de total segurança para o Palmeiras. Após o forte assédio de clubes italianos, a diretoria agiu rápido e renovou seu contrato até o final de 2030, com uma multa rescisória ainda maior. Seu valor de mercado no Transfermarkt subiu para € 15 milhões, mas nos bastidores, o clube só abre conversas por propostas na casa de € 20 milhões (cerca de R$ 113 milhões).
- E quem entra no lugar? O substituto já está em casa. O clube contratou o jovem lateral Jefté, de 21 anos, junto ao Rangers, da Escócia, por € 6 milhões. Agressivo e com bom cruzamento, ele oferece a Abel Ferreira uma alternativa com as mesmas características, pronto para assumir a posição sem queda de rendimento.
Raphael Veiga: a porta ‘entreaberta’ por um alto valor
O caso de Raphael Veiga é diferente. O meia de 30 anos tem o desejo de atuar na Europa, e o Palmeiras tem um acordo para facilitar o negócio, mas não a qualquer preço. Sua cotação no Transfermarkt caiu para € 12 milhões, mas a diretoria usa como referência a proposta de R$ 118 milhões recusada em 2024. Qualquer negociação, portanto, partiria de um valor bem acima do mercado atual.
- E quem entra no lugar? A reposição também já foi contratada. O meia Andreas Pereira, de 29 anos, chegou do Fulham, da Inglaterra, por € 10 milhões. Com experiência de Premier League, ele oferece qualidade no último passe e na bola parada, podendo executar a mesma função de Veiga ou atuar como um “interior” que pisa na área.
Análise do cenário
A diretoria do Palmeiras mostra mais uma vez um planejamento exemplar. O clube se blindou ao renovar com seu ativo mais cobiçado (Piquerez) e só discute a saída de Veiga se a proposta for muito vantajosa.
Ao mesmo tempo, já garantiu os substitutos, permitindo que eles se adaptem ao clube e ao modelo de Abel Ferreira sem a pressão de uma estreia imediata. Jefté e Andreas, hoje, funcionam como “seguros de elenco” de luxo, prontos para assumir a titularidade a qualquer momento. Vender em 2026 será uma decisão de oportunidade, não de necessidade.


