A janela de transferências do meio do ano mal fechou, e o Palmeiras já projeta seus próximos grandes negócios. Nos bastidores do clube, a saída de dois pilares do time, o meia Raphael Veiga e o lateral-esquerdo Joaquín Piquerez, já é tratada como uma possibilidade real para o fim da temporada. A diretoria alviverde, em sua política de “vender para financiar”, se prepara para ouvir propostas e não deve dificultar a saída dos atletas caso os números agradem.
A estratégia não é de desmonte, mas de reciclagem de um elenco que se acostumou a estar no topo, em um movimento que visa equilibrar o caixa após a temporada de maior investimento da história do clube.
O “Pacto” com Raphael Veiga
O caso de Veiga é o mais emblemático. O meia de 30 anos, um dos líderes técnicos do elenco, já tem um “pacto” com a diretoria. Seu empresário revelou que o clube prometeu avaliar propostas após o Mundial de Clubes.
Com o interesse de clubes da Itália e da Inglaterra sempre no radar, a janela de janeiro de 2026 é vista como o momento ideal para uma transferência que seria a “última grande chance” do jogador na Europa.
A Blindagem que Virou Alavanca de Preço
A situação de Piquerez é diferente, mas o destino pode ser o mesmo. O lateral uruguaio acabou de renovar seu contrato até 2030, em um movimento que, a princípio, parecia “blindá-lo” no clube. No entanto, no futebol moderno, a renovação também funciona como uma “alavanca de preço”.

Com um contrato longo, o Palmeiras agora tem o poder de exigir uma quantia ainda maior para liberá-lo. A Juventus foi um dos clubes que sondou o jogador na última janela, e a expectativa é de que as propostas voltem a chegar em janeiro.
Cada um dos jogadores pode chegar a valer algo na casa dos R$ 125 milhões, significando uma venda já no início do ano de R$ 250 milhões. Leila define que este valor seria o ideal para abrir negociações e já dar tranquilidade ao clube para novas comprar para a temporada do ano que vem.
A Reposição que Já Chegou
O que dá tranquilidade ao Verdão para negociar suas estrelas é que as peças de reposição já estão em casa. A diretoria se antecipou e, nesta mesma janela, contratou Andreas Pereira para o lugar de Veiga e o jovem Jefté para a lateral esquerda, além de outras peças que dão profundidade ao elenco.
Análise: A Engrenagem Perfeita
O Palmeiras de 2025 é uma máquina de fazer dinheiro e de ganhar títulos. O clube criou uma engrenagem perfeita: usa a receita das vendas de suas Crias da Academia e de seus titulares para financiar a contratação de novos reforços de peso, mantendo o elenco sempre em alto nível competitivo.
A possível saída de Veiga e Piquerez não é o fim de um ciclo; é apenas mais uma etapa de um processo de renovação contínua que se tornou a grande marca da gestão de Leila Pereira e Abel Ferreira. É a prova de que, na Academia de Futebol, o planejamento de amanhã já começou ontem.