Um negócio fechado na Inglaterra vai render uma bolada milionária e “inesperada” nos cofres do Palmeiras. A transferência recorde do atacante Kevin, do Shakhtar Donetsk para o Fulham, por €40 milhões (cerca de R$ 254 milhões), vai acionar duas cláusulas que garantirão ao Verdão um lucro de até R$ 30 milhões — sem que o clube precise vender um único jogador de seu elenco atual.
A operação, concretizada no último dia da janela europeia, é mais um exemplo da gestão de ativos bem-sucedida da diretoria de Leila Pereira.
A Engenharia de um Negócio Genial: Lucro Duplo
O Palmeiras vai lucrar duas vezes com a mesma transferência. Entenda a matemática:
- Cláusula de Mais-Valia (10%): Ao vender Kevin ao Shakhtar por €12 milhões em 2024, o Palmeiras manteve o direito a 10% do lucro de uma futura revenda. Como o lucro foi de €28 milhões (€40 mi da venda – €12 mi do custo), o Verdão tem direito a €2,8 milhões (cerca de R$ 17,8 milhões).
- Mecanismo de Solidariedade da FIFA: Por ser o clube formador, o Palmeiras ainda tem direito a uma fatia de cerca de 2% do valor total da transferência, o que representa mais €800 mil (cerca de R$ 5,1 milhões).
Somando as duas frentes, a entrada de caixa para o Palmeiras ultrapassa os R$ 22 milhões, podendo chegar perto dos R$ 30 milhões dependendo do câmbio e de outras variáveis.
A Fábrica que se Paga Sozinha
O dinheiro “novo” que entra com a venda de Kevin é a prova definitiva do sucesso do modelo de negócio do Palmeiras. A estratégia de inserir cláusulas inteligentes nas vendas de suas Crias da Academia transforma a base em uma fonte de receita recorrente e de longo prazo.
Essa “bolada” ajuda a amortecer os altos investimentos feitos em 2025, como a contratação de Andreas Pereira, e mostra que a “fábrica de talentos” do clube não apenas revela craques, mas também financia a manutenção de um elenco supercompetitivo. É um ciclo virtuoso que se tornou a grande marca da gestão alviverde.