O “efeito Gerson” pode render uma bolada inesperada aos cofres do Palmeiras. Depois de contratar o ex-volante do Flamengo, o Zenit, da Rússia, voltou ao mercado brasileiro e agora mira a contratação de Jhon Jhon, do RB Bragantino. O movimento, que já começou com uma carta de interesse oficial, é observado de lupa pela diretoria alviverde, que detém uma fatia dos direitos do jogador.
A informação, divulgada pela ESPN, coloca o meia de 22 anos como o próximo grande alvo do clube russo, que prepara uma proposta oficial para os próximos dias.
A Ofensiva Russa Continua
Impulsionado por um orçamento robusto, o Zenit segue agressivo no Brasil. O clube vê em Jhon Jhon, jogador mais valioso do elenco do Bragantino (avaliado em €7 milhões), o perfil ideal de meia criativo para dominar a liga local. A contratação de Gerson serviu como credencial e mostrou que o clube russo não brinca em serviço.
O Lucro Inesperado do Palmeiras
Mas por que o Palmeiras comemora o interesse russo? Ao vender Jhon Jhon ao RB Bragantino em 2024, o Verdão fez um negócio estratégico: negociou 60% dos direitos por US$ 4,5 milhões, com gatilhos para vender mais 20%, mas manteve uma participação econômica no passe do atleta.
Ou seja, se ele for vendido por R$ 44 milhões, o Palmeiras vai ficar com cerca de R$ 9 milhões pelo negócio do atleta.
Isso significa que, caso o Zenit pague os milhões de euros que o Bragantino (que tem contrato com o jogador até 2029) certamente pedirá, uma fatia relevante do valor irá diretamente para o caixa do Palmeiras, além da verba via mecanismo de solidariedade da FIFA.
Análise: A Gestão de Ativos que Gera Receita
A “pista Gerson” pavimentou o caminho. O Zenit voltou a pescar no Brasil e a negociação por Jhon Jhon pode se tornar um case de sucesso para o Palmeiras, mesmo sem o clube estar na mesa.
É a prova de que uma gestão de ativos inteligente, que preserva percentuais de Crias da Academia, pode gerar receita recorrente e “inesperada”. Para o Verdão, o negócio é um “win-win”: não perde um atleta do elenco atual e ainda pode lucrar alto. Se a proposta russa vier no patamar certo, a chance de negócio é grande — e o cofre alviverde agradece.
