O Palmeiras sofreu uma dura derrota fora dos gramados nesta terça-feira (19). A Justiça do Trabalho condenou o clube a reintegrar um inspetor que havia sido demitido e a pagar uma indenização de R$ 50 mil por danos morais. A decisão veio após a diretoria alviverde não conseguir provar a grave acusação de que o funcionário teria ingerido álcool durante o expediente.
O caso representa um revés judicial e de imagem para a gestão da presidente Leila Pereira, expondo uma dispensa considerada equivocada e arbitrária pelo tribunal.
A Acusação que Não se Sustentou
A batalha judicial começou quando o inspetor foi demitido logo após retornar de uma licença médica de 10 dias para a realização de uma cirurgia. Para justificar a dispensa, a defesa do Palmeiras alegou que o funcionário teria vindo de uma “festa clandestina” e consumido bebidas alcoólicas durante o horário de trabalho.
No entanto, durante o processo, o clube não conseguiu apresentar nenhuma prova que sustentasse essa versão. A ausência de evidências fragilizou completamente a tese do Palmeiras, levando a juíza a considerar a demissão ilegal, pois o funcionário gozava de estabilidade provisória devido ao afastamento por motivo de saúde.
As Consequências da Decisão
Além do pagamento da indenização de R$ 50 mil, a decisão obriga o Palmeiras a reintegrar o funcionário imediatamente ao seu quadro, sob pena de multa diária.
A condenação levanta um sinal de alerta sobre as práticas trabalhistas dentro do clube, em um momento em que o foco deveria estar nas disputas do Brasileirão e da Libertadores.
Um Recado sobre Gestão e Respeito
Embora o valor da condenação não seja monumental para as finanças do Palmeiras, o impacto institucional é significativo. O episódio expõe a necessidade de práticas de gestão de pessoas mais cuidadosas e respeitosas, especialmente com funcionários em situação de vulnerabilidade, como um afastamento médico.
A decisão da Justiça do Trabalho serve como um lembrete de que, no mundo corporativo do futebol, que une paixão e uma grande estrutura administrativa, as boas práticas trabalhistas e o respeito à lei são inegociáveis.