Com uma declaração que ecoa diretamente no orgulho da torcida, o Palmeiras anunciou oficialmente nesta terça-feira (19) a contratação do goleiro Carlos Miguel. O arqueiro de 26 anos, que chega do futebol inglês, fez questão de reverenciar a história do clube em suas primeiras palavras: “Agora eu defendo o primeiro campeão mundial”, disse, em clara referência ao título da Copa Rio de 1951.
A chegada do ex-goleiro do Corinthians não é apenas polêmica, mas histórica. A operação para tirá-lo do Nottingham Forest o transforma no goleiro mais caro da história do Palmeiras.
Um Contrato de Peso e Longa Duração
Carlos Miguel assinou um contrato de cinco temporadas com o Verdão, válido até 31 de julho de 2030. Para garantir o reforço, o Palmeiras adquiriu 80% de seus direitos econômicos por um valor fixo de 5 a 5,5 milhões de euros (entre R$ 32 e R$ 35 milhões), com a possibilidade de mais 500 mil euros em bônus.
O valor supera com folga os R$ 2 milhões pagos por Weverton em 2017. Já seu salário vai ficar na casa dos R$ 700 mil mensais, um valor altíssimo para um reserva.
A Trajetória e a Rivalidade
A contratação agita o futebol brasileiro pela forte ligação de Carlos Miguel com o arquirrival Corinthians, clube onde ganhou notoriedade e chegou a provocar o Palmeiras. Revelado pelo Internacional, ele teve uma passagem breve e com poucas oportunidades pelo Nottingham Forest, o que abriu a porta para o retorno ao Brasil, desta vez para defender o lado alviverde.
Em seu anúncio, o goleiro demonstrou total empolgação com o projeto. “Estou muito feliz de conhecer de verdade o que é o Palmeiras. Jamais hesitaria em relação ao Palmeiras. A estrutura me surpreendeu muito”, afirmou.
Uma Contratação Estratégica e de Personalidade
A contratação de Carlos Miguel é uma jogada de mestre da diretoria de Leila Pereira. Além de garantir um substituto de alto nível e com grande potencial para o ídolo Weverton, o clube traz um jogador que demonstra personalidade e uma surpreendente (e rápida) identificação com a cultura palmeirense.
Ao abraçar a causa do Mundial de 51 logo em sua chegada, Carlos Miguel não apenas ganha a simpatia da torcida, mas também mostra que entende o peso e a história do clube que agora defende. É um reforço técnico, estratégico e, pelo visto, também político.
