Poucos clubes misturam mística e método como o Palmeiras. Três capítulos resumem essa identidade: a Libertadores de 1999, o Brasileirão de 2016 e o bi continental com Abel (2020–21) — marcas que forjaram a alma vencedora do clube.
Resumo em 30s
- 1999, o nascimento de “São Marcos”: campanha com eliminações de Corinthians (quartas, nos pênaltis) e River (semi) e título sobre o Deportivo Cali decidido em 4–3 nas penalidades após 2–1 no Palestra.
- 2016, o fim do jejum: campeão brasileiro após 22 anos, com 80 pontos sob Cuca — time de Dudu e Gabriel Jesus.
- 2020–21, a Era Abel: duas Libertadores levantadas no mesmo ano civil (2021) — Breno Lopes decide a de 2020 no Maracanã, e Deyverson garante o tri em Montevidéu.
1) Libertadores de 1999 — o santo nasce nos pênaltis
Com Felipão no banco e um elenco de ídolos, o Verdão derrubou o Corinthians nas quartas (pênaltis), superou o River na semi e, na final, reverteu a derrota em Cali com 2–1 no Palestra. Nos pênaltis, Marcos fechou o gol: 4–3 e o primeiro título da América. A canonização de “São Marcos” começava ali.
2) Brasileirão de 2016 — reconstrução com fim de jejum
Sob Cuca, o Palmeiras encerrou 22 anos sem o principal título nacional e cravou 80 pontos — campanha sólida que simbolizou a virada de chave esportiva e institucional, com Dudu e Gabriel Jesus como protagonistas. A taça veio no 1–0 sobre a Chapecoense, no Allianz Parque.
3) Bi da Libertadores (2020–2021) — o método Abel
Abel Ferreira instalou competitividade diária e decisões frias. Em 30/01/2021, Breno Lopes cabeceou o 1–0 no Maracanã e fechou a edição 2020. Em 27/11/2021, no Centenário, Deyverson marcou na prorrogação: 2–1 no Flamengo e tricampeonato. Feito raro: duas Libertadores no mesmo ano civil.
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Nossa análise
1999 deu mística; 2016 deu lastro; 2020–21 deu método. O Palmeiras que se vê hoje é herdeiro direto dessas três chaves: goleiro gigante em noite grande, projeto que sustenta o dia a dia e treinador que transforma detalhe em vantagem. A alma do clube está nessa síntese: frieza para decidir e ambição para repetir.