A reapresentação do Palmeiras após a eliminação no Mundial de Clubes foi marcada por uma entrevista coletiva tensa do técnico Abel Ferreira nesta quarta-feira (16). O português assumiu a responsabilidade pelo empate com o Mirassol, negou falta de motivação no elenco, mas se irritou com questionamentos sobre uma suposta “crise” e defendeu de forma contundente seu trabalho antes de deixar a sala de imprensa abruptamente.
No início da entrevista, Abel Ferreira fez uma análise do jogo, que terminou em 1 a 1 e disse que o grande problema do Palmeiras está em jogar em casa, uma vez que tem percebido um bom desempenho quando o jogo acontece no campo visitante:
“Temos que assumir que no Brasileirão o nosso problema está em casa. Basta olhar para os pontos que temos fora e para os pontos que temos em casa, sobretudo aqui no Allianz Parque. Dez pontos perdidos é muito, principalmente em casa, porque a nossa performance fora é boa”, disse o treinador na coletiva pós-jogo.
Abel Ferreira promete melhorar
O tom da coletiva mudou quando Abel foi questionado se o clube vivia uma “crise” de falta de motivação em campo e foi duro nas palavras:
“Mas falar de motivação… acho que a maior motivação que nós temos que ter é representar um pouco da dimensão total do clube no mundo. Essa opinião, na minha visão, cai por terra. Agora, não”, ponderou.
Ele seguiu prometendo melhorar: “Portanto, o que eu posso dizer é que vamos melhorar. Temos margem para isso. Vamos trabalhar, vamos melhorar”.
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Treinador do Palmeiras deixa entrevista
Após a defesa enfática de seu legado, visivelmente irritado com o que considerou uma “memória curta” de parte da imprensa, Abel Ferreira encerrou a entrevista de forma inesperada, sem se despedir, após dizer que o time estava ótimo:
“Mas eu acho que nunca na história do Palmeiras a equipe esteve tão bem desportivamente, e financeiramente”.