O ‘fator Allianz Parque’: o que faz o estádio do Palmeiras ser um verdadeiro caldeirão?

Foto: Palmeiras - divulgação

Desde sua inauguração em 2014, o Allianz Parque se tornou uma das maiores fortalezas do futebol sul-americano. O Palmeiras acumula um retrospecto impressionante em seus domínios, e técnicos e jogadores adversários frequentemente citam a dificuldade de jogar ali. Mas o que faz do estádio um “caldeirão”?

A resposta está na combinação de engenharia moderna com a herança histórica do antigo Palestra Itália. O projeto arquitetônico da arena foi pensado para potencializar o som.

Com a cobertura quase fechada e as arquibancadas extremamente íngremes e próximas ao campo, o Allianz Parque cria um efeito de “panela de pressão”.

O canto da torcida não se dissipa; ele reverbera, é amplificado e “cai” sobre o gramado, criando uma atmosfera intimidadora e ensurdecedora para os adversários.

Além da acústica, há o fator histórico. O estádio foi construído exatamente no mesmo terreno do antigo Parque Antarctica (ou Palestra Itália), um local sagrado para os palmeirenses, palco de glórias históricas como a “Arrancada Heroica”.

Essa energia, essa sensação de pertencimento, foi transferida para a nova arena. A torcida não se sente apenas uma visitante em um estádio moderno; ela se sente em casa, no mesmo solo onde seus pais e avós torceram. Essa união de pressão acústica com a força da tradição é o que transforma o concreto do Allianz Parque em um verdadeiro caldeirão.