Por que a novela Róger Guedes, que encheu o torcedor do Grêmio de esperança, teve um final frustrante? A resposta, vinda dos bastidores, revela uma verdadeira “muralha de dinheiro” e a postura irredutível do Al-Rayyan, do Catar, que simplesmente não se dobrou à pressão tricolor.
Apesar da proposta gremista ter chegado a valores expressivos, a negociação emperrou e foi oficialmente abandonada.
A Proposta Gremista na Mesa
O Grêmio foi agressivo e fez sua parte. Com o apoio financeiro do investidor Marcelo Marques, o clube colocou na mesa uma oferta de €10 milhões (cerca de R$ 63,4 milhões), com a possibilidade de chegar a €15 milhões (R$ 98 milhões) através de bônus por metas. A diretoria acreditava que a “pressão indireta”, somada ao desejo do jogador de voltar ao Brasil, seria suficiente.
O Jogo Duro do Al-Rayyan
No entanto, o clube do Catar não cedeu. Relatos de bastidores indicam que a diretoria do Al-Rayyan considerou a proposta abaixo do esperado e, mais importante, nunca demonstrou um real interesse em se desfazer de sua principal estrela. O “jogo duro” do Grêmio não encontrou reciprocidade; na verdade, encontrou uma porta fechada.
Um Sonho Adiado
Com o fim da novela, o investidor Marcelo Marques afirmou publicamente que “o sonho permanece para o futuro”, indicando que o desejo por Róger Guedes continua vivo, porém adiado para uma janela mais favorável. O Grêmio, por sua vez, já se move no mercado em busca de outras alternativas.
A Realidade do Futebol Moderno
O imbróglio revela que, no futebol moderno, especialmente ao negociar com clubes-estado ou de alto poderio financeiro, o desejo de um clube e de um jogador nem sempre é suficiente.
O Grêmio tentou, usou as armas que tinha, mas se deparou com a realidade rigorosa do Al-Rayyan. O episódio evidencia que, sem um alinhamento total de valores, mesmo uma negociação que parece perfeita no papel pode desmoronar. O dinheiro, mais uma vez, definiu os rumos de um sonho que, por ora, fica guardado.