A história poderia ter sido muito diferente. Antes de ser anunciado como o reforço de peso do Flamengo, o craque espanhol Saúl Ñíguez foi oferecido e analisado pelo Grêmio. No entanto, a diretoria tricolor, em uma decisão de cautela financeira, optou por “rejeitar” a oportunidade, abrindo caminho para que o rival carioca fechasse com o jogador meses depois.
A revelação dos bastidores mostra como o destino de um dos maiores nomes do mercado poderia ter sido Porto Alegre, e não o Rio de Janeiro.
A Oportunidade na Mesa do Grêmio
No final de 2024, com Saúl livre no mercado após rescindir com o Atlético de Madrid, o nome do meio-campista foi apresentado à diretoria do Grêmio. A possibilidade de contratar um jogador de elite mundial sem custos de transferência animou, mas também gerou um alerta.
O principal obstáculo foi o alto salário exigido pelo atleta. A diretoria gremista, em um momento de reconstrução e com uma política de teto de gastos, avaliou que o compromisso financeiro seria muito elevado e optou por não avançar nas tratativas.
O Bote Certeiro do Flamengo
Com o Grêmio fora da disputa, o Flamengo viu a porta aberta. Ciente da oportunidade de mercado e com o fôlego financeiro proporcionado por seus novos patrocinadores, o clube carioca avançou nas conversas e conseguiu convencer o espanhol a assinar um contrato até dezembro de 2028, tornando-se uma peça-chave no time de Filipe Luís.
O Choque de Realidades Financeiras
O episódio de Saúl Ñíguez ilustra perfeitamente a diferença de “apetite” e de momento financeiro entre os gigantes brasileiros. O Grêmio, agindo com prudência, preferiu não comprometer seu orçamento com um único jogador de custo altíssimo.
O Flamengo, por outro lado, aproveitou sua posição de potência financeira para apostar alto em um nome que traz retorno técnico e midiático imediato. Para o torcedor gremista, fica a reflexão sobre uma oportunidade que escapou; para o flamenguista, a certeza de que, no mercado atual, o poder de investimento faz toda a diferença.