O futuro do meia Franco Cristaldo no Grêmio virou um grande impasse. E o motivo tem nome e sobrenome: o sonho de disputar a Copa do Mundo. O jogador argentino recusou propostas do futebol árabe e decidiu, ao menos por ora, permanecer em Porto Alegre, frustrando os planos da diretoria gremista, que via com bons olhos uma negociação nesta janela.
A decisão, confirmada por pessoas próximas ao atleta, foi puramente estratégica. Cristaldo e seu estafe entendem que uma mudança para um mercado de menor visibilidade, como o da Arábia Saudita, o tiraria do radar da Seleção Argentina, praticamente encerrando seu sonho de disputar o próximo Mundial.
O Lado do Grêmio: A Necessidade da Venda
Se o jogador sonha com a seleção, o Grêmio sonha com o alívio em seu caixa. A diretoria via na venda do camisa 10 a oportunidade ideal para abrir espaço na folha salarial e buscar novos reforços para o time de Mano Menezes.
A frustração nos bastidores é ainda maior ao lembrar que, em um passado recente, o presidente Alberto Guerra chegou a recusar uma proposta de R$ 48 milhões pelo meia.
Desde então, o desempenho de Cristaldo caiu, e hoje ele figura em listas internas de jogadores negociáveis, além de ser alvo de críticas da torcida.
Análise: O Choque de Prioridades
O episódio de Cristaldo expõe um claro choque de prioridades. De um lado, o Grêmio, em um momento de crise técnica, enxerga no jogador um ativo financeiro que pode ser revertido em soluções para o time. Do outro, o atleta, com contrato até 2026, age em legítima defesa de sua carreira e de seu maior sonho profissional.
Para o torcedor, a permanência do argentino divide opiniões: há quem ainda veja utilidade no elenco, mas muitos já consideram sua saída um passo necessário para a evolução do clube. Com a janela ainda aberta, a novela está longe de um ponto final.