O futuro de Michael no Flamengo entrou em uma zona de indefinição. Tratado nos bastidores como um nome “negociável” no planejamento para 2026, o atacante vê sua possível saída travada por um motivo simples e pragmático: o telefone não tocou com ofertas concretas. Apesar das sondagens e da movimentação de estafes, a diretoria rubro-negra não tem, hoje, nenhuma proposta oficial na mesa para analisar.
A avaliação interna é de que o mercado ainda não “virou a chave” para o jogador, o que empurra a decisão para um ritmo lento, sem previsão de desfecho imediato.
Sem papel assinado com valores e condições, o clube não pretende acelerar nenhuma ruptura. A estratégia é clara: aguardar que o interesse difuso se transforme em documento formal, evitando desvalorizar um ativo que, apesar de estar em baixa, ainda compõe o elenco.
Flamengo protegido: Contrato de Michael até 2028 esfria pressa por venda
Diferente de casos onde o contrato está acabando e o clube precisa vender rápido para não perder de graça, a situação de Michael é confortável para o Flamengo (e complexa para o mercado).
O atacante tem vínculo assinado até 31 de dezembro de 2028. Isso dá ao Rubro-Negro o controle total do tempo. Com valor de mercado estimado em € 3 milhões (aprox. R$ 19 milhões), o Flamengo pode se dar ao luxo de recusar investidas baixas e esperar uma janela mais aquecida, seja para uma venda definitiva ou um empréstimo com cláusulas financeiras vantajosas.
Filipe Luís e os números: Por que ele perdeu espaço no ataque

O desejo de negociar, no entanto, tem base técnica. Michael perdeu muito espaço na hierarquia ofensiva sob o comando de Filipe Luís em 2025. Os números da temporada explicam a “fila” que se formou:
- Jogos: 29 partidas disputadas.
- Gols: Apenas 2 gols marcados.
- Assistências: 4 passes para gol. A baixa minutagem e a falta de sequência como titular transformaram o “Robozinho” em uma peça de rotação distante, o que motiva o estafe do atleta a buscar novos ares onde ele possa ser protagonista novamente.
Sondagens x Propostas: O que falta para Michael deixar o Mengão?
O mercado sabe da situação, mas hesita. Até agora, o que existiu foram sondagens — conversas informais para entender salários e condições —, mas nenhuma oferta que fizesse o Flamengo sentar para negociar. Para destravar a saída em janeiro, dois cenários precisam convergir:
- Um clube apresentar um modelo de negócio seguro (compra ou empréstimo com obrigação/pagamento).
- O técnico Filipe Luís confirmar que o jogador não terá prioridade no desenho tático de 2026, liberando a diretoria para aceitar termos mais flexíveis. Enquanto isso não acontece, Michael segue treinando, preso a um contrato longo e a uma realidade de banco de reservas.