Antes da bola rolar para a dramática decisão da Copa Intercontinental, o discurso no Paris Saint-Germain já indicava que o clima de “já ganhou” havia ficado na França. Vitinha, o jogador mais valioso do elenco parisiense, fez questão de exaltar publicamente a qualidade do Flamengo, colocando o Rubro-Negro no pacote de adversários que costumam incomodar gigantes europeus: times “cascudos”, experientes e convictos de sua estratégia.
Em entrevista em Doha, o meia português afirmou que o elenco brasileiro é recheado de jogadores que “sabem o que fazem” e possuem muita qualidade técnica. Mas a frase que ecoou nos bastidores foi uma admissão de humildade tática: “Temos essa lição de que não é fácil enfrentar uma equipe brasileira”. A referência não foi gratuita; ela remete a um trauma recente vivido pelo PSG contra outro clube do Rio de Janeiro.
O topo do ranking de jogador mais valioso do PSG é dividido por dois meio-campistas portugueses: Vitinha e João Neves, ambos avaliados em € 110 milhões cada (cerca de R$ 704 milhões).
Respeito ao Flamengo Justificado: Decisão nos Pênaltis
O alerta de Vitinha se provou profético no gramado do Estádio Ahmad bin Ali, no Catar. O Flamengo, que chegou à final após bater Cruz Azul e Pyramids, fez um jogo de igual para igual contra o campeão europeu. A partida terminou empatada em 1 a 1 no tempo regulamentar, confirmando a previsão do português de que seria um duelo duríssimo.
O título só foi decidido na marca da cal, onde o PSG levou a melhor e sagrou-se campeão, com o goleiro Safonov brilhando. A dificuldade encontrada pelos franceses validou cada palavra de seu meio-campista: o Flamengo não foi apenas um coadjuvante, mas um rival que forçou o PSG ao limite.
Análise Moon BH: Diplomacia ou Visão de Jogo?
A fala de Vitinha foi muito menos “gentileza diplomática” e muito mais leitura competitiva de alto nível. Quando um titular absoluto de um gigante europeu reconhece publicamente a dureza de enfrentar brasileiros e puxa o revés contra o Botafogo como exemplo, ele está mandando um recado interno: não dá para administrar ritmo ou jogar com o nome.
