O nome de Nicolás De La Cruz, do Flamengo, voltou a ganhar força no mercado da bola, mas por um motivo que preocupa a torcida rubro-negra. O meia uruguaio, contratado a peso de ouro para ser o motor do time, aparece encabeçando uma suposta “lista de limpa” com nove atletas negociáveis para a temporada 2026.
O cenário vai além da questão técnica: o Flamengo começa a fazer contas sobre o custo-benefício de um dos seus ativos mais caros, que convive com um histórico recente de ausências e necessidade constante de controle de carga física.
A discussão nos bastidores é complexa. O Flamengo não precisa vender De La Cruz por necessidade financeira, mas já emite sinais de que não faria “jogo duro” caso uma proposta relevante chegue à mesa.
A disponibilidade do atleta tornou-se o fiel da balança: ter um craque que joga pouco transformou o investimento milionário em uma equação de risco para o planejamento do próximo ano.
O “Elefante na Sala”: A Questão Física no Flamengo
O talento de De La Cruz é indiscutível, mas sua condição física virou o “elefante na sala” para 2026. Desde sua estreia, o uruguaio desfalcou a equipe em uma parcela significativa dos jogos importantes. Relatórios do ge e da ESPN detalham um histórico de entorses, dores recorrentes e a necessidade de um cronograma especial de treinos que impede uma sequência de jogos.
Para o mercado, isso acende um alerta vermelho. De La Cruz virou aquele tipo de oportunidade que exige cautela: quem quiser comprá-lo precisará de garantias médicas robustas e, provavelmente, tentará um modelo de contrato protegido por metas de produtividade, o que dificulta uma venda pelos valores que o Flamengo pagou.
River Plate de olho, mas sem papel na mesa
A imprensa argentina especula constantemente o interesse do River Plate em repatriar seu ídolo. No entanto, até o momento, tudo não passa de fumaça. Não houve contato formal ou proposta oficial enviada à Gávea.
O Flamengo sabe que recuperar os R$ 79 milhões investidos é uma tarefa quase impossível no cenário atual, mas pode estar disposto a aceitar um prejuízo controlado para se livrar de um custo mensal alto e incerto. O Fla queria chegar a pelo menos R$ 100 mi, o que dificilmente conseguirá.
Análise Moon BH: O Dilema do Clube Rico
O Flamengo vive o dilema clássico de quem tem dinheiro: reter qualidade ou mitigar risco? Tecnicamente, De La Cruz é elite, um jogador difícil de repor no futebol brasileiro. Mas o futebol também é uma matemática de disponibilidade.