O Flamengo definiu que Allan não é mais inegociável. Nos bastidores do mercado da bola, a diretoria rubro-negra sinalizou que está disposta a ouvir propostas pelo volante para a temporada 2026. Contratado a peso de ouro em 2023, o jogador perdeu espaço na rotação do elenco, viu a concorrência aumentar no meio-campo e manifestou o desejo de ter mais minutos em campo. Esse cenário reacendeu imediatamente as especulações em Belo Horizonte: o retorno ao Atlético-MG, que tentou repatriá-lo sem sucesso em meados de 2025, agora é visto como uma possibilidade real e concreta.
A mudança de postura do clube carioca é evidente. Se em junho a resposta para qualquer investida do Galo era um “não” taxativo, agora a porta está entreaberta.
O Flamengo entende que Allan é um ativo caro para ficar no banco e enxerga nele uma “moeda de troca” valiosa para destravar outras negociações ou aliviar a folha salarial. No entanto, o modelo de negócio precisa fazer sentido financeiro, já que o Rubro-Negro ainda busca recuperar parte do investimento feito.
Raio-X: A Situação de Allan no Flamengo
- Valor de Mercado: Avaliado entre € 3 milhões (Transfermarkt) e € 4 milhões (oGol).
- Investimento Original: O Flamengo pagou € 8,2 milhões (R$ 43 milhões) ao Atlético em 2023.
- Contrato: Vínculo válido até dezembro de 2027.
- Status: “Negociável”. O clube aceita venda, empréstimo com obrigação de compra ou troca.
- Modelo Provável: Empréstimo com opção de compra é o formato mais viável para o mercado nacional hoje.
Flamengo aceita usar volante como moeda com o Atlético-MG

A desvalorização de Allan — comprado por mais de € 8 milhões e hoje avaliado na casa dos € 3 a 4 milhões — torna uma venda direta pelo preço de custo improvável no mercado interno. Por isso, o Flamengo trabalha com cenários alternativos. O volante pode ser envolvido como contrapartida em negociações por outros alvos do clube (como o zagueiro Vitão, do Internacional, que interessa aos cariocas) ou ser emprestado para recuperar valor de mercado.
Para o Atlético-MG, essa flexibilidade é a chave. Dificilmente o Galo pagaria uma fortuna para ter de volta um jogador que vendeu no auge, mas um modelo de empréstimo ou uma composição financeira inteligente tornam a operação atrativa. O clube mineiro busca um volante pronto, adaptado e com identificação, características que Allan possui de sobra.
Allan vê com bons olhos a volta a BH
Do lado do jogador, o retorno ao Atlético-MG faria sentido esportivo. Allan busca protagonismo, algo que teve de sobra na Cidade do Galo e que não conseguiu replicar no Rio de Janeiro. A chance de voltar a ser titular absoluto em um time competitivo pesa a favor da negociação.
O obstáculo principal deixa de ser a vontade do Flamengo (que agora quer negociar) e passa a ser a engenharia financeira. Se o Atlético apresentar uma proposta que alivie a folha rubro-negra e ofereça garantias futuras, a repatriação de Allan tem tudo para deixar de ser apenas um desejo de mercado e virar realidade em 2026.