O Flamengo não quer apenas vencer; quer esmagar qualquer possibilidade de concorrência. Nos bastidores da festa do título da Libertadores, um diálogo revelador entre o presidente Luiz Eduardo Baptista (Bap) e o ex-jogador Ricardo Rocha expôs a ambição desenfreada da gestão para 2026.
Segundo o comentarista, o mandatário rubro-negro fez uma promessa audaciosa: se o clube confirmar o título do Brasileirão (a “Dobradinha”), o orçamento do futebol para a próxima temporada será de R$ 1 bilhão.
A cifra é inédita na história do esporte sul-americano. Enquanto rivais lutam para pagar folhas de R$ 20 milhões mensais, o Flamengo projeta um investimento que consolidaria o clube como o “Bayern de Munique do Brasil” — uma potência financeira e esportiva inalcançável.
A Matemática do Bilhão no Flamengo
O otimismo de Bap tem lastro. O Flamengo caminha para fechar 2025 com uma receita total superior a R$ 2 bilhões.
A Origem: Premiações recordes (R$ 200 milhões da Libertadores e afins), bilheteria de Maracanã lotado, sócio-torcedor em alta e a vaga garantida no Mundial de 2029.
O Investimento: Em 2025, o custo do futebol (salários + contratações) girou em torno de R$ 750 milhões. O salto para R$ 1 bilhão em 2026 representa um aumento de 35% no poder de fogo, permitindo pagar multas rescisórias à vista e inflacionar salários para atrair estrelas globais.
A Lista de Compras de José Boto

Com o cofre cheio, o diretor de futebol José Boto já tem o mapa da mina. O dinheiro não será gasto aleatoriamente. O planejamento foca em três posições de elite para fechar o elenco de Filipe Luís:
- Goleiro: Um sucessor para a disputa com Rossi.
- Zagueiro Canhoto: Um defensor de nível europeu para a saída de bola (nomes como Nino ou Vitão estão no radar).
- Centroavante: A “cereja do bolo”. Um camisa 9 de peso para dividir o protagonismo com Pedro (alvos como Taty Castellanos e Lucas Beltrán são monitorados).
Análise: A Consolidação da Hegemonia
A promessa de Bap é um aviso ao mercado: o Flamengo atingiu a autossuficiência financeira em nível europeu. Se o plano de R$ 1 bilhão for executado com a competência técnica que Boto demonstrou até aqui, o abismo entre o Rubro-Negro e os demais clubes brasileiros (mesmo os ricos como Palmeiras e Botafogo) aumentará drasticamente.
O título do Brasileirão, que pode vir nos próximos dias, não será o fim de um ciclo, mas o começo de uma era onde o Flamengo compete, financeiramente, em uma liga própria.