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Flamengo pode comprar Paquetá com prêmios do Brasileirão e Libertadores, mas valor é alto

A temporada mágica de 2025 não encheu apenas a sala de troféus da Gávea; ela entregou à diretoria do Flamengo o cheque exato para realizar o maior sonho da torcida para 2026. Com as conquistas confirmadas da Libertadores e do Brasileirão, o clube garantiu uma injeção de dinheiro “limpo” (apenas premiações esportivas) que beira os R$ 184 milhões.

A coincidência numérica assusta: esse valor é praticamente idêntico ao custo estimado para repatriar o meia Lucas Paquetá do West Ham, avaliado em cerca de R$ 187 milhões (€ 30 milhões). A “Dobradinha” em campo, na prática, financiou a contratação do craque.

A Matemática da Supercontratação do Flamengo

Para entender o poder de fogo do Flamengo, basta olhar os números frios que caíram na conta nas últimas semanas:

  • Brasileirão (Campeão): Prêmio da CBF de cerca de R$ 48,1 milhões.
  • Libertadores (Campeão): Prêmio da final pago pela Conmebol de US$ 24 milhões (cerca de R$ 136 milhões).
  • Total Acumulado: R$ 184,1 milhões.

Esse montante cobre quase integralmente a taxa de transferência exigida pelos ingleses para liberar Paquetá. O clube consegue, assim, pagar a maior compra de sua história usando apenas o “bônus” da temporada, sem comprometer as receitas recorrentes (TV, patrocínios e bilheteria), que serão usadas para bancar os salários.

O “Bônus” do Catar: A Margem de Sobra

Foto: Gilvan de Souza / Flamengo

Se a conta já fecha hoje, ela pode sobrar em dezembro. O Flamengo ainda disputa a Copa Intercontinental. Se vencer o torneio no Catar, adiciona mais US$ 5 milhões (R$ 30,9 milhões) ao cofre. Nesse cenário, o total de prêmios saltaria para R$ 215 milhões. Isso permitiria pagar a compra de Paquetá à vista e ainda sobrariam quase R$ 30 milhões para luvas ou outros reforços.

Análise: O Ciclo Virtuoso do Dinheiro

É claro que nem todo esse dinheiro vai para contratações (há premiações de elenco e custos operacionais), mas o simbolismo é poderoso. O Flamengo atingiu um patamar onde seus títulos financiam seus sonhos.

Enquanto rivais precisam vender para comprar, o Rubro-Negro usa a glória esportiva para se tornar ainda mais forte. A volta de Paquetá deixou de ser uma loucura financeira para se tornar uma consequência lógica do sucesso em campo. O tetra da América não trouxe apenas uma taça; trouxe o camisa 10 de 2026.

Fhilipe Pelájjio
Fhilipe Pelájjiohttps://moonbh.com.br/fhilipe-pelajjio/
Publicitário, jornalista e pós-graduado em marketing, é editor do Moon BH e do Jornal Aqui de BH e Brasília. Já foi editor do Bhaz, tem passagem pela Itatiaia e parcerias com R7, Correio Braziliense e Estado de Minas. Especialista na cobertura de futebol, com foco em Atlético, Cruzeiro, Palmeiras e Flamengo há mais de 10 anos.