O Flamengo recebeu, a apenas 10 dias da final da Copa Libertadores contra o Palmeiras, em Lima, a notícia que a Gávea mais temia: o atacante Pedro sofreu uma lesão muscular na coxa esquerda e virou um corte quase certo da decisão. O camisa 9, que se recuperava de uma fratura no antebraço direito, agora lida com um problema grave que o deve tirar do gramado até 2026.
Os exames de imagem confirmaram uma lesão no reto femoral da coxa esquerda, músculo essencial para a explosão e finalização. Embora o comunicado oficial do clube seja contido, o bastidor é de enorme pessimismo: o tempo de recuperação é curto demais para um problema desse tipo, forçando o elenco a trabalhar com a ideia de disputar o título sem seu centroavante de referência.
Sequência Pesada e o Peso da Ausência de Pedro
A lesão agrava um ano já difícil para Pedro, que retornou em abril de 2025 após romper o ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo em 2024. A nova lesão muscular chega justamente quando o atacante tentava retornar à plena forma após uma fratura no antebraço.
A ausência é um golpe técnico e emocional considerável. Pedro, o artilheiro da Libertadores em 2022 e um dos maiores goleadores do Flamengo na história do torneio (24 gols), é o homem que concentra boa parte da capacidade de finalização da equipe. Em 2025, ele soma 12 gols e 6 assistências em 21 jogos, sendo decisivo mesmo com a minutagem controlada.
O “Plano B” de Filipe Luís no Flamengo: Um Ataque de Mobilidade
Sem Pedro, Filipe Luís é obrigado a redesenhar o setor ofensivo às pressas, já que o elenco não possui outro centroavante com o mesmo perfil de referência de área.

A tendência é que o Flamengo adote um trio de ataque mais móvel, trocando a referência fixa pela velocidade e infiltração. Uma escalação provável deve envolver Bruno Henrique (como falso 9, atacando a profundidade) ao lado de Samuel Lino e Luiz Araújo nas pontas, priorizando a pressão alta e a troca rápida de posição.
A questão central é: a mobilidade compensará a perda de um definidor clássico em uma final de jogo único, contra uma defesa consolidada como a do Palmeiras (com Gustavo Gómez e Piquerez)?
O Fator Decisivo em Lima
A final em Lima já é um reencontro histórico entre os dois clubes mais dominantes do país. Sem Pedro, o equilíbrio de forças pende para o lado do Palmeiras, que chega com sua espinha dorsal intacta.
A lesão de Pedro não é apenas um problema físico, é um teste de maturidade para o modelo de jogo de Filipe Luís. O técnico terá de provar que o Flamengo de 2025 é forte o suficiente para sobreviver e ser letal mesmo sem a sua grande referência ofensiva dentro da área. Se o time vencer a taça reinventando o ataque, será uma conquista ainda mais épica. Caso contrário, a lesão de Pedro será lembrada como o fator decisivo desta trilogia da Libertadores.