A “novela Vitão” voltou a esquentar os bastidores do Flamengo. O Internacional decidiu que irá negociar o zagueiro na próxima janela de transferências, em janeiro, e já definiu o “preço de etiqueta” para o mercado: € 12 milhões (cerca de R$ 75 milhões). A decisão colorada reabre a oportunidade para o Rubro-Negro, que tentou o jogador no início do ano, mas agora corre contra o tempo e contra a concorrência pesada da Europa, que ameaça “atravessar” o negócio.
O Problema do Flamengo: A Oferta Recusada e a Pressão do Tempo
O Flamengo já esteve muito perto de Vitão. Em janeiro de 2025, o clube carioca formalizou uma proposta ao Inter: € 6 milhões em dinheiro (R$ 37,5 mi) mais o abatimento total da dívida pela compra de Thiago Maia. O pacote total chegava perto de € 10 milhões (R$ 62,5 mi).
O Internacional recusou. Agora, o cenário para o Flamengo piorou, por dois motivos:
- O Preço Subiu: O Inter subiu a régua e quer, no mínimo, a proposta que o Flamengo já fez (R$ 62,5 mi) apenas em dinheiro, com a pedida oficial fixada em € 12 milhões (R$ 75 mi).
- A Concorrência Aumentou: O Beşiktaş (Turquia) e outros clubes europeus, que já tentaram o zagueiro no passado (como o Betis-ESP), voltaram à carga e pressionam por um desfecho rápido.
A “Brecha” que o Inter Tenta Evitar
Se o Flamengo e a Europa não o levarem em janeiro, o Internacional terá um problema gigante nas mãos. O contrato de Vitão com o Colorado termina em dezembro de 2026. Isso significa que, se ele não for vendido agora, a partir de 1º de julho de 2026, o jogador fica livre para assinar um pré-contrato de graça com qualquer clube – incluindo o próprio Rubro-Negro.

É por isso que o Inter está “desesperado” para vendê-lo em janeiro: é a última janela em que o clube gaúcho tem poder total de barganha para exigir uma taxa de transferência milionária.
Análise: A “Guerra Fria” de José Boto
A diretoria do Flamengo, liderada por José Boto, joga um xadrez arriscado, mas inteligente. O clube sabe que o Inter precisa vender em janeiro. A estratégia rubro-negra pode ser a de esperar o “leilão” da Europa (Beşiktaş) esfriar e, nos últimos dias da janela, repetir a oferta de R$ 62,5 milhões (€ 10 mi) – um valor que, embora abaixo da pedida inicial, pode ser aceito pelo Inter para evitar o “desastre” de perdê-lo de graça seis meses depois.
O Flamengo quer o zagueiro, que é visto como o “xerife” ideal para a zaga de Filipe Luís. O Inter prefere vender para a Europa, para não reforçar um rival direto.
A “guerra fria” está na mesa: se o Flamengo quiser mesmo “atravessar” os europeus, terá que subir sua oferta para perto dos € 12 milhões (R$ 75 mi) e oferecer um pagamento rápido. Se optar pela paciência, corre o risco de ver o Beşiktaş levar o jogador, mas também pode ter a chance de contratá-lo de graça em julho. A decisão de José Boto nas próximas semanas definirá o futuro da defesa rubro-negra.