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Flamengo reativa “sonho”, mas pedida de R$ 122 milhões e “trava”

O Flamengo voltou a colocar na mesa um de seus “sonhos” de mercado para o ataque: o centroavante argentino Lucas Beltrán. A diretoria rubro-negra sinalizou internamente que pretende reabrir as conversas com a Fiorentina (Itália), dona do passe do jogador, para tentar a contratação em 2026. No entanto, a operação, que já era cara, ganhou um novo e complexo obstáculo: o Valencia (Espanha).

A “novela”, que parecia encerrada em julho, ganhou um novo capítulo, mas a pedida ventilada na imprensa brasileira assusta: R$ 122 milhões (cerca de € 22-23 milhões).

O Que Aconteceu? A Recusa em Julho e o Novo Obstáculo

Para entender o cenário de 2026, é preciso lembrar o que aconteceu em 2025.

  • A Recusa de Beltrán: Em julho, o Flamengo tentou de tudo. O ge noticiou que o clube apresentou o projeto esportivo, e a CNN revelou que a diretoria tinha R$ 95 milhões prontos para a oferta. No entanto, o próprio Beltrán priorizou permanecer na Europa e recusou a investida rubro-negra.
  • O Empréstimo ao Valencia: Sem espaço imediato na Fiorentina, o atacante foi emprestado ao Valencia em 1º de setembro, com contrato válido até junho de 2026.

E é aí que mora o problema: o empréstimo não tem opção de compra fixada. Isso significa que o Valencia não pode comprá-lo, mas a Fiorentina também não pode simplesmente “tomar” o jogador de volta em janeiro para vendê-lo ao Flamengo.

O “Triângulo” da Negociação no Flamengo

Com o novo cenário, uma transferência imediata em janeiro de 2026 exigiria uma rara negociação “tripla”:

Foto: Getty Images
  1. O Flamengo precisaria convencer a Fiorentina a aceitar a oferta (na casa dos R$ 122 milhões).
  2. O Flamengo precisaria convencer Beltrán a, desta vez, aceitar o projeto (e um salário que, embora alto para o Brasil, competiria com o padrão europeu de € 3-3,75 milhões/ano).
  3. O Flamengo (ou a Fiorentina) precisaria pagar uma compensação financeira ao Valencia para que o clube espanhol aceitasse quebrar o contrato de empréstimo seis meses antes do previsto.

O Caminho Mais Realista: Paciência até Julho de 2026

Diante da complexidade de um acordo triplo, o caminho mais lógico para o Flamengo é usar a janela de janeiro para negociar, mas apenas para uma chegada futura. A diretoria pode fechar um pré-acordo com a Fiorentina agora, garantindo a compra, mas com o jogador se apresentando ao Ninho do Urubu apenas em julho de 2026, após o término do empréstimo na Espanha.

Análise: Um Sonho Caro e Burocrático

O interesse do Flamengo em Beltrán é antigo e se justifica: é um atacante “Nível A”, jovem (24 anos) e com perfil que agrada à comisaão técnica. A diretoria rubro-negra, que já mostrou ter “bala na agulha” (como na compra de Samuel Lino), monitora o mercado em busca de um nome de peso para revezar com Pedro.

No entanto, a “novela Beltrán” é cara, burocrática e depende, acima de tudo, de dois fatores: a Fiorentina precisa aceitar uma oferta que talvez não chegue aos € 30 milhões que ela esperava, e o jogador precisa, enfim, dizer “sim” ao futebol brasileiro – algo que ele já recusou uma vez. A chance de o negócio sair em janeiro é baixa; para julho, as chances aumentam, mas o preço continua sendo de “prateleira premium”.

Naiara Souza
Naiara Souza
Jornalista formada há quase dez anos pela Universidade Estácio de Sá, cobre o futebol há mais de cinco anos, focada em Cruzeiro, Atlético, Palmeiras e Flamengo, e também as notícias mais importantes sobre Belo Horizonte e Minas Gerais.