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Flamengo: A condição “número 1” que o Al-Hilal impôs por Marcos Leonardo

O sonho de parte da Nação Rubro-Negra de ver o atacante Marcos Leonardo vestindo a camisa do Flamengo em 2026 foi oficialmente descartado pelos bastidores do clube. Segundo apuração do jornalista Fabrício Lopes, a diretoria rubro-negra avaliou a complexa operação para tirar o centroavante do Al-Hilal, da Arábia Saudita, e o veredito interno foi taxativo: o negócio é considerado “impossível” no curto prazo.

A diretoria de José Boto entende que os custos da operação (taxa de transferência + salários) e o timing do mercado tornam a investida inviável no momento.

O Obstáculo 1: O “Salário Padrão Arábia”

O primeiro e maior entrave é financeiro. Marcos Leonardo tem um contrato “padrão Arábia”, com vencimentos em moeda forte, bônus elevados e, crucialmente, líquidos de impostos. Esse pacote está muito acima do teto salarial praticado hoje no futebol brasileiro, até mesmo para a potência financeira do Flamengo.

Para competir, o clube carioca precisaria não apenas de um salário altíssimo, mas de uma complexa engenharia comercial, envolvendo patrocinadores e parceiros externos dispostos a bancar a maior parte da operação, algo que raramente se concretiza.

O Obstáculo 2: A “Pedra no Caminho” de € 50 Milhões

Mesmo que o salário fosse equacionado, há a taxa de transferência. Clubes do fundo soberano saudita, como o Al-Hilal, não são “vendedores” por natureza. Eles só liberam seus principais ativos por valores astronômicos, na casa das dezenas de milhões de euros, e geralmente com pagamento à vista ou em poucas parcelas.

Foto: reprodução

Além disso, há um fator político: vender seu camisa 9 titular para um rival direto na disputa do novo Mundial de Clubes, como o Flamengo, seria visto como um sinal de fraqueza pelo Al-Hilal, que prefere negociar seus jogadores com a Europa.

Foco no Realismo e Prioridade a Pedro no Flamengo

A decisão de descartar Marcos Leonardo é um banho de realidade da diretoria rubro-negra. Em vez de gastar energia em um “milagre financeiro”, o clube foca em soluções mais realistas e, principalmente, no que já tem em casa.

A prioridade absoluta do Flamengo no momento é a total recuperação de Pedro para a final da Libertadores e a manutenção do artilheiro para 2026 (o clube já descartou qualquer possibilidade de vendê-lo). Com a lesão do camisa 9, o clube deve, sim, ir ao mercado, mas buscará um perfil de atacante com custo europeu “intermediário” ou oportunidades de mercado (como o caso de Anderson Talisca, que pode ficar livre), em vez de tentar uma operação impossível como a de Marcos Leonardo.

A “novela” Marcos Leonardo, embora renda cliques, morre na primeira planilha do Excel. O foco do Flamengo é em quem pode, de fato, chegar para compor o elenco de Filipe Luís, e não em sonhos caros que não cabem no orçamento.

Fhilipe Pelájjio
Fhilipe Pelájjiohttps://moonbh.com.br/fhilipe-pelajjio/
Publicitário, jornalista e pós-graduado em marketing, é editor do Moon BH e do Jornal Aqui de BH e Brasília. Já foi editor do Bhaz, tem passagem pela Itatiaia e parcerias com R7, Correio Braziliense e Estado de Minas. Especialista na cobertura de futebol, com foco em Atlético, Cruzeiro, Palmeiras e Flamengo há mais de 10 anos.