O assédio do mercado árabe sobre Ayrton Lucas coloca o Flamengo diante de um dilema estratégico: vale a pena vender um titular importante, mesmo tendo opções de reposição no elenco, para fazer um caixa milionário? Com contrato longo (até 2027) e um histórico de investimento (€ 7 milhões), a diretoria rubro-negra não tem pressa e só abrirá conversa por valores na casa dos “dois dígitos” em euros.
A análise do cenário mostra que a decisão será puramente de custo-benefício, pesando o impacto financeiro contra a profundidade do grupo.
A Análise do Preço: Quanto Vale o Lateral?
O Flamengo não divulga pedidas oficiais, mas a lógica do mercado e a postura do clube em negociações anteriores indicam o caminho.
- Referência de Mercado: O mercado saudita pagou valores díspares por laterais (Lodi por €23 mi, Telles por ~£7 mi). Ayrton Lucas (28 anos, titular, contrato longo) se encaixa em um patamar intermediário.
- Leitura de Bastidor: Uma faixa realista para o Flamengo iniciar conversas seria entre € 10 a € 12 milhões (R$ 63 a R$ 76 milhões), possivelmente com bônus por metas. Vender abaixo disso significaria “perder” dinheiro em relação ao potencial e ao investimento feito.
O Dilema Esportivo: Vender Mesmo Tendo Opções?

Aqui reside o X da questão. O Flamengo termina 2025 com três laterais-esquerdos de bom nível: o próprio Ayrton Lucas, o experiente Alex Sandro e o uruguaio Matías Viña. Isso cria um cenário onde a venda de Ayrton, embora impactante, não deixaria o setor “órfão”.
- A Solução Interna: Viña poderia assumir a titularidade, oferecendo um perfil mais construtor por dentro. Alex Sandro, com gestão de minutos, seria a opção experiente.
- A Opção de Mercado: Se o clube optasse por manter o perfil de “corredor” de Ayrton, nomes como Juninho Capixaba (RB Bragantino) surgem como alternativas viáveis (embora caras) no mercado nacional.
Ayrton Lucas valioso no Flamengo
O Flamengo está em uma posição de força. Não precisa vender Ayrton Lucas. A decisão será puramente estratégica: se uma proposta na faixa desejada (acima de € 10 milhões) chegar da Arábia Saudita, a diretoria colocará na balança o ganho financeiro imediato contra a perda de uma peça importante, mas substituível dentro do elenco.
A existência de Viña e Alex Sandro no grupo é o que torna a venda uma possibilidade real, algo que não aconteceria se o setor fosse carente. A bola está com o mercado árabe: se quiserem o lateral, terão que abrir o cofre.