O interesse do Flamengo no zagueiro Nino, atualmente no Zenit, é real e a diretoria rubro-negra o vê como um alvo prioritário para 2026. No entanto, a operação tem uma condição clara e inegociável: o clube só fará uma investida pelo defensor se conseguir vender um de seus atuais titulares da posição, Léo Ortiz ou Léo Pereira.
A análise dessa estratégia revela não apenas um obstáculo financeiro, mas também um recado implícito para os atuais donos da posição.
Flamengo estuda duas formas de fechar acordo
A exigência de vender antes de comprar se baseia em duas lógicas principais:
O Fator Financeiro: O Zenit não abre mão de receber cerca de € 15 milhões (aproximadamente R$ 95 milhões) por Nino. Trazer um jogador desse custo sem gerar receita com a saída de outro ativo de valor similar seria um impacto financeiro gigantesco, mesmo para o Flamengo. A venda de Ortiz ou Pereira seria a fonte de recursos para bancar a chegada do ex-Fluminense.
A Gestão do Elenco: Ter três zagueiros de altíssimo nível (Nino, Ortiz e Pereira) disputando, na maioria das vezes, apenas duas vagas, pode ser visto como um “excesso de luxo” e até gerar um problema de gestão de minutos e egos. A condição de “um entra, outro sai” mantém o equilíbrio e a hierarquia no setor.

O Recado Implícito a Ortiz e Pereira
Ao condicionar a chegada de Nino à saída de um dos dois, a diretoria, mesmo que indiretamente, coloca ambos na “vitrine”. O recado é claro: eles são peças importantes, mas não inegociáveis. Se uma proposta financeiramente vantajosa chegar por qualquer um deles na próxima janela, o clube não hesitará em fazer negócio para viabilizar a chegada do “plano A” para a posição.
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O Poder do Zenit na Negociação
Mesmo que o Flamengo consiga vender um de seus zagueiros, a negociação com o Zenit não será fácil. O clube russo sabe do interesse e da capacidade financeira do Rubro-Negro e, com Nino tendo contrato longo (até 2028), usará todo o seu poder de barganha para extrair o valor máximo na transferência.
O que eu acho
O Flamengo definiu Nino como seu alvo “nível A” para a zaga em 2026, mas a operação é complexa e depende de um efeito dominó. O clube precisa, primeiro, encontrar um comprador disposto a pagar caro por Léo Ortiz ou Léo Pereira.
Somente com esse dinheiro em caixa (ou garantido), a investida sobre o Zenit se tornará realidade. A estratégia é ousada e mostra a ambição do clube, mas também expõe a dificuldade de contratar jogadores de elite sem antes abrir espaço – financeiro e técnico – no próprio elenco.