A negociação de renovação de Pedro com o Flamengo virou um “jogo de poder”, e a diretoria rubro-negra acaba de fazer seu primeiro movimento: pausar o tema. A pedida do estafe do camisa 9, na casa de R$ 1,5 milhão mensais, (o que representaria um aumento de 50%, considerando o patamar de R$ 1 milhão hoje), foi considerada alta neste momento, e o clube decidiu focar todos os seus esforços em fechar o novo contrato de Arrascaeta primeiro.
A análise do movimento revela uma estratégia clara de gestão de hierarquia e de controle financeiro, onde o Flamengo usa o ativo mais valioso que tem na mesa: o tempo.
Pedro mostra que sabe seu valor ao Flamengo
A pedida de R$ 1,5 milhão de Pedro não é um delírio; é uma leitura de mercado. O atacante tem três argumentos fortes:
Performance em Campo: Ele acabou de completar 300 jogos pelo clube com gol e assistência, provando seu valor técnico.
Referência Externa: Seu estafe sabe que o mercado paga isso (ou mais). O Monterrey, do México, chegou a acenar com salários de R$ 2,3 milhões em julho.
Referência Interna: O jogador vê outros pilares do elenco, como o próprio Arrascaeta, sendo valorizados e busca um salário compatível com seu status de ídolo e artilheiro.
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A Análise do ‘Pause’: Flamengo não tem Pressa

A decisão do Flamengo de “congelar” a conversa com Pedro é uma jogada de mestre em gestão de elenco, baseada em dois pilares:
O Poder do Contrato Longo: Este é o fator decisivo. Pedro tem contrato vigente até dezembro de 2027. O clube não tem absolutamente nenhuma urgência para renovar agora. Essa tranquilidade contratual dá ao Flamengo 100% do poder na negociação.
A Hierarquia do Elenco: Ao priorizar Arrascaeta (cujo contrato é mais urgente e que é visto como o “cérebro” do time), a diretoria manda um recado claro sobre quem é a prioridade número um. Além disso, evita que o novo salário de Pedro infle a negociação do uruguaio.
O que eu acho:
O Flamengo está gerenciando o “dilema do luxo”: como manter um elenco multimilionário motivado sem explodir a folha salarial. A pedida de Pedro é a âncora para a negociação futura.
A tendência é que o clube retome a conversa no fim do ano ou início de 2026, mas com uma contraproposta que dilua o valor fixo em bônus robustos por metas (gols, títulos, jogos). Pedro não tem o “facão e o queijo na mão” para forçar um acordo agora, e o Flamengo sabe disso. O clube vai resolver sua prioridade (Arrascaeta) para, só então, negociar com seu camisa 9, mas nos seus próprios termos.
Mesmo assim, com um elenco tão estrelado, o clube pensa seriamente em vender o jogador, que pode chegar a custar algo na casa dos R$ 150 milhões.