A guerra de poder nos bastidores do futebol brasileiro esquentou. Em entrevista ao portal UOL, o presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista (Bap), subiu o tom contra a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, e a acusou de agir como se fosse “dona da Libra”.
“Ela acha que vai mandar na Libra… o negócio não é dela”, disparou Bap, em uma fala que repercutiu fortemente nesta quarta-feira (15).
“O Negócio Não é Dela”: O Ataque de Bap
Na entrevista, Bap criticou o que chamou de “agenda própria” de Leila Pereira e voltou a citar o empréstimo de R$ 80 milhões da Crefisa (empresa de Leila) à SAF do Vasco como um exemplo que deveria ser debatido sob a ótica do fair play financeiro. A frase “o negócio não é dela” resume a visão do Flamengo de que as decisões da liga devem ser coletivas e seguir o estatuto, e não a vontade de um único dirigente.
Advogado do Palmeiras é também da Libra
A troca de farpas é o capítulo mais recente de uma disputa jurídica e política. O Flamengo conseguiu na Justiça o bloqueio de repasses de verbas de TV da Libra, alegando irregularidades na votação que definiu os critérios de divisão de receita.

A ação gerou uma reação dura de Leila Pereira, que na semana passada chamou a postura do clube carioca de “vil” e “arrogante” e cunhou o termo “terraflamistas” para criticar a diretoria rubro-negra.
“Se eu pudesse voltar atrás no tempo, eu jamais teria concordado com a construção de uma Libra. A Libra é verde. A Libra é toda verde. A Libra é palmeirense. O Sica é advogado do Palmeiras. Virou advogado de outros clubes. Tá certo?”, criticou Bap.
Análise: Próximos Capítulos de uma Batalha Jurídica e Política
A escalada retórica entre os dois dirigentes mais poderosos do país pressiona ainda mais a negociação nos bastidores. Enquanto a Libra tenta derrubar na Justiça a liminar que travou os pagamentos, o Flamengo cobra acesso a atas e áudios da reunião que contesta.
A disputa é clara: de um lado, o Flamengo luta para manter o que considera sua fatia justa do bolo financeiro; do outro, Palmeiras e seus aliados buscam um modelo de governança que, segundo eles, equilibre mais as forças. Até que a briga pelo dinheiro seja resolvida, a guerra de narrativas na imprensa continuará a ser a principal arena desta batalha.