Em uma reviravolta que durou 48 horas, o atacante Gonzalo Plata saiu da condição de “vilão por um erro de arbitragem” para a de peça-chave liberada para o jogo mais importante do Flamengo no ano. A Conmebol acatou o recurso do clube e anulou o segundo cartão amarelo que o equatoriano recebeu contra o Estudiantes, na Argentina.
A decisão não apenas o torna apto para o jogo da volta das quartas de final da Libertadores, mas também o recoloca com força na “vitrine” do mercado internacional.
O erro da arbitragem e a anulação da Conmebol
A expulsão de Plata no jogo de ida foi considerada um “erro manifesto” pela própria Conmebol, que, em nota, admitiu a falha do árbitro e reverteu a suspensão automática.
A decisão corrige a narrativa: o cartão vermelho, que poderia manchar a imagem do jogador, virou notícia contra a arbitragem, preservando o bom momento que o atacante vive na temporada. Com a anulação, ele está confirmado para o duelo decisivo em La Plata.
Por que Plata ‘volta ao mercado’?
A simples presença de Plata em um jogo de mata-mata de Libertadores com os holofotes do continente ligados já o valoriza. O atacante de 24 anos vem acumulando atuações de impacto em 2025, inclusive com assistências em vitrines internacionais como o Mundial de Clubes. A liberação para o jogo da volta é a chance de ele se provar mais uma vez em um palco de elite, o que alimenta os relatórios de olheiros e reaquece a curiosidade de clubes europeus sobre seu valor.
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Um ativo em valorização contratual
A estrutura da compra de Plata pelo Flamengo foi fatiada. O clube adquiriu seus direitos de forma progressiva, e seu contrato prevê gatilhos que aumentam a fatia do Rubro-Negro conforme metas esportivas são atingidas. Na prática, ele é um ativo em constante valorização. Com uma boa atuação na Libertadores, seu “preço psicológico” sobe, e o Flamengo ganha ainda mais poder de barganha para uma eventual venda em 2026.
Análise
A anulação da Conmebol não apenas devolveu Plata ao campo — ela o devolveu à narrativa correta, a de um jogador decisivo e perseguido pela marcação. Se ele assinar a classificação do Flamengo na Argentina com um gol ou uma assistência, seu nome vira manchete na Europa novamente. Com isso, o clube passa a discutir seu futuro a partir de uma mesa muito melhor: com o ativo protegido por contrato, valorizado pelo momento em alta e com o prestígio de uma competição que paga reputação.