A “novela Gerson” ganhou um plot-twist inesperado e que agita a torcida do Flamengo. Apenas dois meses após sua venda milionária, o meio-campista estaria insatisfeito na Rússia e já avalia deixar o Zenit na próxima janela de transferências, em janeiro. O principal motivo é o temor de perder espaço na Seleção Brasileira e ficar fora da Copa do Mundo de 2026. O destino prioritário para o Coringa, caso consiga a liberação, seria um retorno ao Rubro-Negro.
O motivo do incômodo: a Copa do Mundo em risco
O pano de fundo da insatisfação de Gerson é puramente esportivo. A troca do Flamengo pelo Zenit aconteceu em julho, numa operação de € 25 milhões. No entanto, a passagem não decolou.
Com poucos jogos e dificuldades de adaptação, o jogador percebeu que atuar na Rússia o deixou fora dos holofotes das principais ligas europeias (sem competições da UEFA) e com uma vitrine muito menor para a comissão técnica da Seleção Brasileira. Aos 28 anos, ele teme que a falta de minutos em um campeonato de alto nível o tire da briga por uma vaga na Copa de 2026.
O complexo caminho de volta
O desejo de Gerson em retornar é claro, mas o caminho de volta para o Flamengo é complexo. O Zenit fez um investimento altíssimo e tem um contrato com o jogador até 2030. Para liberá-lo já em janeiro, o clube russo exigiria uma proposta que recupere parte relevante do valor pago.
A engenharia financeira mais provável seria um empréstimo longo com opção ou obrigação de compra, fórmula que distribui os custos e que o mercado brasileiro já utilizou em operações desse porte. Por ora, a situação é mais uma vontade do atleta do que uma negociação concreta.
Análise: a vitrine como fator decisivo
A situação de Gerson expõe uma realidade do futebol moderno: para um jogador de seleção, a visibilidade de uma liga competitiva muitas vezes pesa mais do que o fator financeiro.
O Coringa parece ter percebido tarde que a mudança para a Rússia, embora lucrativa, poderia custar o sonho da Copa do Mundo. A janela de janeiro será decisiva para destravar um empréstimo que o coloque de volta no radar da Seleção, seja no Flamengo ou em outro centro competitivo. Se continuar com poucos minutos no Zenit, o sonho da Copa ficará mais distante a cada rodada.


