o apagar das luzes da janela europeia, um balde de água fria na Gávea. O Valencia, da Espanha, anunciou oficialmente a contratação do atacante Lucas Beltrán, encerrando o longo sonho do Flamengo de ter o centroavante argentino. O clube espanhol fechou um acordo de empréstimo com a Fiorentina nesta segunda-feira (1º), no último dia do mercado, e deu um “chapéu” nos planos rubro-negros.
Apesar da proposta de compra definitiva do Flamengo, que poderia chegar a €15 milhões, o desejo do jogador e a estratégia da Fiorentina pesaram mais, e o negócio com o clube brasileiro foi barrado na reta final.
Por que a Europa Venceu a Disputa?
A derrota do Flamengo nos bastidores foi construída sobre três pilares:
O Sonho da Copa de 2026: Beltrán priorizou permanecer em uma grande liga europeia, como a La Liga, para se manter no radar da seleção argentina para a próxima Copa do Mundo.
A Estratégia da Fiorentina: O clube italiano preferiu um empréstimo “seco” (sem opção de compra) para não vender o jogador “em baixa”. A aposta é que ele se valorize no Valencia para uma venda muito maior em 2026.
A Pressão do Relógio: Um empréstimo entre clubes europeus é logisticamente mais simples de ser concluído no último dia da janela do que uma complexa transferência internacional de compra para o Brasil.
Análise: Um “Não” que Muda os Planos
A perda de Beltrán no “deadline” não é um fiasco, mas uma dinâmica normal de mercado. O episódio, no entanto, força o Flamengo a recalibrar seu plano. Sem o “camisa 9” dos sonhos, a diretoria deve encerrar sua busca por um centroavante nesta janela e empurrar uma investida mais robusta para janeiro de 2026.
A lição é clara: mesmo com poderio financeiro, competir com o apelo da vitrine europeia para jogadores com ambição de seleção é uma batalha cada vez mais difícil.