A novela acabou com o pior desfecho possível para o torcedor rubro-negro. O Palmeiras anunciou oficialmente nesta sexta-feira (29) a contratação de Andreas Pereira. O “chapéu” no Flamengo está sacramentado, e nos corredores da Gávea, a notícia foi recebida com um claro sentimento de temor: o de ter fortalecido o maior rival com um jogador que conhece a casa e tem potencial para decidir jogos grandes.
O acordo, fechado por €10 milhões (cerca de R$ 63 milhões), com contrato até 2028, encerra uma disputa de bastidores vencida pela insistência e pelo poder de fogo do clube paulista.
O Temor Pragmático na Gávea
O receio no Flamengo não é “místico”, mas puramente pragmático e se baseia em três pontos-chave:
- Impacto Imediato: Andreas chega pronto, com ritmo de Premier League, e se encaixa em um sistema já estável e vitorioso. A tendência é de rendimento rápido.
- Poder de Decisão em Jogo Grande: Pela sua qualidade na bola parada e na leitura do último passe, Andreas é o tipo de meia que destrava clássicos e jogos de mata-mata. Um gol ou uma assistência dele em um confronto direto pode definir um campeonato.
- Fortalecimento do Rival: O Palmeiras resolveu uma carência no meio-campo (a saída de Richard Ríos) com um jogador de elite, enquanto o Flamengo, que também o queria, agora terá que enfrentá-lo.
Análise: A Lição da Janela
O episódio Andreas Pereira deixa uma lição dura para o Flamengo. Em um mercado com um rival financeiramente poderoso e estrategicamente agressivo como o Palmeiras, a hesitação pode ser fatal.
A prioridade afetiva do jogador pelo Fla não foi suficiente para segurar a proposta de um projeto esportivo e financeiro igualmente robusto. A diretoria rubro-negra agora assiste de camarote a um de seus alvos e ex-jogador reforçar o principal concorrente a todos os títulos da temporada. O “e se?” desta negociação ecoará a cada clássico entre os dois clubes nos próximos anos.