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Flamengo x Palmeiras: ‘Fórmula’ de R$ 1 bilhão explica por que os 2 dominam o futebol brasileiro

Se você quer entender quem manda no futebol brasileiro hoje, olhe para as categorias de base. Em uma hegemonia que se retroalimenta, Flamengo e Palmeiras empilharam títulos, revelaram craques e transformaram suas “fábricas de talentos” em um motor esportivo e financeiro.

O Fla é bicampeão mundial Sub-20; o Verdão, tetracampeão brasileiro da categoria. A soma de taças, talentos e vendas bilionárias explica por que os dois ditam o ritmo do jogo — e do mercado.

O Domínio em Campo: Taças que Geram “Casca”

O domínio é visível nos troféus. No último fim de semana, o Flamengo venceu o Barcelona e conquistou o bicampeonato da Copa Intercontinental Sub-20, o “mundial” da categoria. Do lado alviverde, o Palmeiras se tornou tetracampeão do Brasileirão Sub-20, ampliando sua vantagem como maior vencedor do torneio.

Esses títulos em jogos grandes não são apenas para a galeria; eles preparam os jovens para decidir no profissional.

A Fábrica de Bilhões: Vender para Vencer de Novo

Talento sem gestão não paga a conta, e é aqui que os dois clubes se distanciam dos demais.

  • Palmeiras: Já ultrapassou a marca de R$ 1 bilhão em receitas com Crias da Academia, com as vendas estratosféricas de Endrick e Estêvão como carros-chefe.
  • Flamengo: Também transformou a base em receita recorrente. Só em 2025, superou R$ 500 milhões em vendas, incluindo jovens como Matheus Gonçalves.

Essa capacidade de gerar caixa massivo, mantendo o elenco principal competitivo, é a grande vantagem da dupla.

Análise: A Fórmula da Hegemonia

O projeto de Flamengo e Palmeiras se sustenta em um ciclo virtuoso: os títulos na base formam jogadores com “casca” de campeão; o sucesso atrai o mercado europeu, gerando vendas milionárias; e o dinheiro dessas vendas é reinvestido para qualificar ainda mais a base e o profissional.

Chame de projeto. Flamengo e Palmeiras entenderam que ganhar no Sub-20 não é “só base”; é um plano de poder. Numa era em que competir ficou caro, eles encontraram a fórmula que o resto do país agora tenta desesperadamente copiar: formar para vencer, e vender para vencer de novo.

Marcos Amaral
Marcos Amaral
Jornalista formado pela Estácio de Sá, cobre futebol por paixão e profissão. Jogador amador, é especialista na cobertura do Flamengo, Palmeiras, Cruzeiro, Atlético, Grêmio e Corinthians. Há mais de anos acompanha de perto o futebol nacional.