A jornada Marcos Leonardo no Flamengo entrou em seu capítulo mais tenso e decisivo: o do dinheiro. Com a janela de transferências se fechando na próxima terça-feira (2), o clube e o jogador travam uma batalha de bastidores por causa de um impasse salarial. Segundo apurações, o centroavante pede R$ 3 milhões por mês, enquanto o Rubro-Negro oferece um teto de R$ 2 milhões.
A diferença de R$ 1 milhão por mês, somada ao pouco tempo para negociar, coloca a contratação em alerta máximo na Gávea.
A Batalha dos Salários: O Padrão Saudita
A pedida do estafe de Marcos Leonardo, embora pareça astronômica, tem uma lógica. No Al-Hilal, seu contrato prevê vencimentos de €5,1 milhões por ano, o que, na conversão, se aproxima da casa dos R$ 2,5 a R$ 3 milhões mensais. Para voltar ao Brasil por empréstimo, o jogador tenta manter um padrão de ganhos próximo ao que tem na Arábia Saudita.
O Flamengo, por sua vez, entende que este valor é muito alto para um atleta que, a princípio, chegaria para disputar posição com o titular absoluto, Pedro. O clube trabalha com um teto de R$ 2 milhões, já considerado um salário de elite.
A Corrida Contra o Relógio
O grande vilão da negociação é o relógio. Com a janela brasileira se encerrando em 2 de setembro, há pouquíssima margem para encontrar um meio-termo. Todos os trâmites burocráticos, exames e o registro no BID precisam ser concluídos até lá.
Análise: Valeria a pena tamanho investimento?
O Flamengo se vê diante de um dilema. Esportivamente, Marcos Leonardo seria um reforço de peso, que traria profundidade e um perfil de atacante agressivo para o elenco.
Financeiramente, no entanto, quebrar o teto salarial por um jogador que não seria titular absoluto é um risco que a diretoria parece não estar disposta a correr. A estratégia do “empréstimo com salário ajustado” é prudente, mas agora depende da disposição do jogador em reduzir sua pedida para que o sonho da Nação se torne realidade.