Na véspera da partida mais importante do ano até agora, o técnico Filipe Luís tomou uma decisão surpreendente e ousada: o craque espanhol Saúl Ñíguez deve começar no banco de reservas do Flamengo no duelo de volta das oitavas de final da Libertadores. A medida, de forte impacto tático, sinaliza a estratégia do comandante para o jogo decisivo.
A escolha chama a atenção, especialmente porque o próprio Filipe Luís elogiou publicamente o jogador após sua estreia, afirmando que ele “elevou bastante o nível da equipe”. No entanto, a decisão de sacá-lo do time titular agora é baseada em uma combinação de cautela física e estratégia de jogo.
O Motivo: Readaptação Física e Arma Secreta
O principal fator por trás da decisão é a condição física de Saúl. O meio-campista de 29 anos ainda está em uma fase de readaptação ao ritmo intenso do futebol sul-americano e vem passando por trabalhos específicos de condicionamento. A comissão técnica entende que escalá-lo como titular em um jogo de alta exigência física fora de casa seria um risco.
Além disso, Filipe Luís enxerga no espanhol uma “arma secreta” de luxo. Tê-lo no banco permite que o treinador guarde uma opção de altíssimo calibre para mudar completamente a dinâmica da partida no segundo tempo, caso o Flamengo precise de mais criatividade e controle de bola para furar a defesa adversária.

O jogador recebe R$ 2,5 milhões por mês e viu a torcida protestar quando ele começou no banco no último jogo.
A Filosofia Flexível do Comandante
A decisão, embora polêmica para parte da torcida, está alinhada com a filosofia de Filipe Luís. Conhecido por sua flexibilidade tática, o treinador não se prende a nomes ou status, mas sim à estratégia para cada jogo. Ele valoriza jogadores versáteis e costuma fazer rotações no elenco para manter a intensidade alta, e a situação de Saúl se encaixa nesse modelo.
Análise: A Primeira Grande Marca de Filipe Luís
A transição de Saúl para o banco é mais do que uma simples troca; é a primeira grande decisão de impacto de Filipe Luís, mostrando que ele não tem medo de fazer escolhas impopulares em nome de suas convicções.
É um manejo calculado de um ativo valioso, que busca proteger o jogador fisicamente e, ao mesmo tempo, maximizar seu impacto estratégico como uma peça capaz de decidir o jogo vindo do banco. É a digital do novo comandante sendo impressa no time em um momento crucial.