O sonho de grande parte da torcida do Flamengo de ver o goleiro Bento defendendo o Manto Sagrado pode estar se transformando em um verdadeiro pesadelo. O motivo tem nome e um valor astronômico: um salário de R$ 3,6 milhões por mês.
Essa cifra, recebida pelo arqueiro no Al-Nassr, da Arábia Saudita, travou as negociações e frustrou os planos da diretoria rubro-negra de fechar uma das contratações mais aguardadas da janela.
O Flamengo voltou suas atenções para o goleiro da Seleção Brasileira, mas a realidade financeira impôs um freio brusco. Mesmo para os padrões de um dos clubes mais ricos da América do Sul, o salário de Bento é considerado fora da realidade, criando um obstáculo que, no momento, parece intransponível.
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O Craque ao Lado de CR7
Bento, de apenas 25 anos, ganhou projeção nacional com atuações espetaculares pelo Athletico-PR, o que o levou à Seleção e a uma transferência milionária para o Al-Nassr no ano passado.
No clube árabe, ele atua ao lado de estrelas como Cristiano Ronaldo e Sadio Mané. Apesar da boa fase, o goleiro vê com bons olhos a possibilidade de voltar ao Brasil, mas não está disposto a abrir mão de uma grande fatia de seus vencimentos.
O Flamengo chegou a sondar a possibilidade de um empréstimo com divisão salarial, mas a proposta foi prontamente rechaçada pelos árabes.
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Sonho da Torcida vs. Frieza das Contas
A situação de Bento expõe um dilema recorrente no futebol brasileiro: a vontade de repatriar grandes nomes esbarra no abismo financeiro em relação a mercados como o árabe. O Flamengo tem, sim, condições de pagar salários altos, mas trabalha dentro de um teto para preservar o equilíbrio da folha e a saúde do vestiário.
Trazer Bento seria um reforço de peso, mas o clube precisa evitar que uma contratação pontual crie distorções salariais internas e gere um perigoso efeito cascata. No fim, essa pode ser mais uma daquelas negociações em que a emoção da torcida bate de frente com a frieza das planilhas.