O zagueiro Lyanco, do Atlético-MG, foi o centro das atenções nesta semana após uma entrevista contundente e reveladora ao portal No Ataque. O defensor de 28 anos não apenas provocou zagueiros de destaque no cenário nacional, incluindo nomes da Seleção Brasileira, como também abriu o jogo sobre uma batalha pessoal contra crises de pânico e ansiedade.
Ao ser questionado sobre sua fase e comparado a outros grandes defensores do futebol brasileiro, Lyanco não demonstrou modéstia. Quando o nome de Léo Ortiz, zagueiro titular do Flamengo e frequentemente convocado para a Seleção, foi mencionado, a resposta do jogador do Galo foi direta.
“Zagueiro?”, questionou ironicamente, antes de afirmar sua superioridade técnica no momento. “Acredito estar em grande fase e, sim, jogando mais que eles”, disse, incluindo na comparação outros nomes como Fabrício Bruno.
A declaração repercutiu no meio esportivo e reflete a autoconfiança do jogador, que se consolidou como um dos pilares e vice-capitão do time de Cuca, somando 49 jogos pelo clube. Lyanco também reafirmou sua ambição de chegar à Seleção Brasileira, afirmando que o “Atlético pode proporcionar isso”.
O drama pessoal de Lyanco com a ansiedade
Em um dos momentos mais impactantes da entrevista, o zagueiro revelou que enfrenta crises de pânico e ansiedade, um problema que já o acompanhava mesmo antes de chegar ao Atlético. Ele admitiu que tinha receio de expor sua condição por medo de que isso pudesse prejudicar sua carreira.
“Eu tinha um medo um pouco de falar sobre isso. Tinha um pouco de medo de falar. Não medo, na verdade. Vergonha ou ‘como falar’. Se isso me prejudicaria, talvez, em uma assinatura de contrato”, contou Lyanco.
O jogador, no entanto, elogiou o suporte que recebeu no clube mineiro, que o encorajou a iniciar um tratamento:
“Inclusive, o tratamento em questões de medicações eu comecei aqui no Galo, por conta da ajuda mesmo que fizeram comigo. A Michelle (Rios, psicóloga do clube), os doutores. Me abraçaram de uma forma que eu não esperava. A melhor coisa que eu fiz foi ter contado mesmo, ter aberto isso”, concluiu o defensor, hoje medicado e mais seguro para lidar com a condição.