O Botafogo deu o pontapé inicial no planejamento para 2026 com uma investida agressiva no mercado sul-americano. A diretoria alvinegra, liderada por John Textor, formalizou uma proposta de US$ 3 milhões (cerca de R$ 16,1 milhões) para contratar o atacante uruguaio Lucas Villalba, de 24 anos, destaque do Nacional-URU.
A oferta agradou aos uruguaios, que deram o “sim” para a venda de 85% dos direitos econômicos. No entanto, a negociação não está fechada. O Glorioso esbarrou em um obstáculo contratual poderoso: o Grupo City. O conglomerado, dono de parte do passe do atleta, tem uma cláusula de prioridade que pode transformar a vitória alvinegra em um “chapéu” de última hora. A informação é do GE.
O Relógio Corre para o Botafogo: O Prazo de 5 Dias
O drama da negociação reside na divisão dos direitos. O Montevideo City Torque (filial do Grupo City no Uruguai) detém 40% do passe de Villalba. Pelo contrato, eles possuem o direito de igualar qualquer oferta aceita pelo Nacional em um prazo de 5 dias.
- O Cenário: O prazo vence nesta terça-feira (9). Se o Grupo City cobrir os US$ 3 milhões oferecidos por Textor, o jogador fica com eles. Se silenciarem, o caminho está livre para o Botafogo assinar.
Quem é o Alvo: Aposta de Velocidade

Lucas Villalba não é um medalhão, mas uma aposta de scouting. Aos 24 anos, o ponta-direita (que também joga centralizado) se destacou pela velocidade e capacidade de abrir o campo, características que faltaram ao elenco alvinegro em 2025.
Com passagens por clubes menores até chegar ao Nacional, ele soma 10 gols nas últimas duas temporadas. O Botafogo vê nele um ativo com potencial de revenda e custo-benefício atraente, fugindo dos leilões inflacionados do mercado brasileiro.
Análise: A Mudança de Perfil da SAF
A investida em Villalba sinaliza uma mudança na estratégia de John Textor para 2026. Em vez de buscar apenas nomes consagrados a custo zero, a SAF volta a apostar na compra de direitos de jovens promissores de mercados vizinhos (como fez com Segovinha e outros).
O risco é calculado: R$ 16 milhões é um valor alto, mas pagável. O maior perigo agora não é o preço, mas a sombra do Grupo City, que pode decidir repatriar o talento que ajudou a formar apenas para não reforçar um rival continental.