Depois de quase dois anos de uma rivalidade marcada por acusações, processos e trocas de farpas públicas, John Textor, dono da SAF do Botafogo, colocou um ponto final na guerra de narrativas com o Palmeiras. Em uma mudança de tom, o empresário americano admitiu que “foi longe demais” em suas críticas e afirmou ter feito as pazes com a presidente alviverde, Leila Pereira.
“Quando você está errado, tem que ser humilde… você tem que se desculpar”, declarou Textor, em fala que repercutiu na imprensa esportiva. “Fui longe demais com o Palmeiras por causa daquele jogo… No fim das contas, encontramos a paz.”
O Estopim da Crise: A Virada de 2023
A hostilidade entre os dois dirigentes teve início após a histórica virada do Palmeiras por 4 a 3 sobre o Botafogo, no Brasileirão de 2023. O resultado foi um marco na derrocada do time carioca, que liderava a competição, e no arranque do Verdão rumo ao título.
A partir daquele jogo, Textor iniciou uma série de acusações sobre manipulação de resultados no futebol brasileiro, que foram duramente rebatidas por Leila Pereira, que chegou a chamá-lo de “idiota” e “fanfarrão”, além de processá-lo na Justiça.
A Reaproximação de Jhon Textor e Leila Pereira

Segundo Textor, a reaproximação foi mediada pelo CEO do Botafogo, Thairo Arruda, que serviu como ponte para o diálogo com a presidente do Palmeiras. O movimento já vinha sendo construído nos bastidores, com encontros amistosos entre os dirigentes durante o Mundial de Clubes em meados de 2025.
Análise: Botafogo e Palmeiras com interesse em comum
A trégua pública é um sinal de amadurecimento e pacificação institucional, importante para as discussões sobre a futura liga de clubes. A paz entre os presidentes reduz o ruído político e a toxicidade fora das quatro linhas. No entanto, em campo, a rivalidade esportiva, forjada nas disputas acirradas das últimas temporadas, deve continuar quente. O que muda é o tom: a guerra de narrativas nas cúpulas dá lugar à disputa de bola, como deve ser.
Os dois devem colocar seus planos em comum no futebol para trabalhar juntos. Isso não exclui planos ambiciosos da presidente do Verdão, que podem incluir até uma candidatura futura à CBF ou a compra do Vasco.