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Botafogo cobra o Lyon e quer ‘PIX’ de R$ 140 milhões; entenda o caso

A crise interna no ecossistema de clubes do empresário John Textor escalou para os tribunais e teve um desfecho favorável ao Botafogo. O clube carioca conquistou uma importante liminar na Justiça do Rio de Janeiro que congela as ações da Eagle Football Holdings na SAF do clube, impedindo qualquer alteração societária e, na prática, garantindo o controle de Textor.

A mesma decisão também obriga a Eagle a quitar imediatamente uma dívida de R$ 152,5 milhões referente a empréstimos feitos pela SAF alvinegra ao Olympique Lyonnais, o “clube-irmão” francês.

A origem da dívida milionária

A cobrança judicial expõe uma complexa operação financeira realizada em 2024. O valor é resultado de duas ordens de empréstimo que a SAF do Botafogo fez ao Lyon, ambos intermediados pelo banco BS2.

O primeiro, de € 21,2 milhões, foi realizado em 13 de março, e o segundo, de € 1 milhão, em 29 de maio. Os contratos estabeleciam um prazo de um ano para o pagamento, com juros de 6% ao ano.

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Foto: João Silva/ Botafogo

Como o prazo não foi cumprido, o clube brasileiro recorreu à Justiça para receber o montante atualizado, que hoje chega a impressionantes R$ 152.500.770,56.

O congelamento das ações e a proteção a Textor

Além da cobrança da dívida, a decisão judicial tem um forte impacto na governança do clube. Ao congelar as ações da Eagle Football, a liminar impede que outros sócios da holding possam, por exemplo, forçar uma venda de suas participações ou alterar a estrutura de controle da SAF do Botafogo sem que a pendência financeira seja resolvida.

Na prática, a medida blinda John Textor e o mantém no comando do futebol alvinegro em um momento de clara turbulência na relação com seus sócios.

Crise na ‘família’ e o futuro do Botafogo

O episódio escancara uma grave crise dentro da Eagle Football, a holding de John Textor que controla múltiplos clubes. A necessidade do Botafogo de acionar a Justiça para receber um pagamento de seu “clube-irmão” francês revela um desalinhamento na gestão e sérios desafios financeiros no conglomerado.

Para o Glorioso, o recebimento dos R$ 152,5 milhões é fundamental para a saúde financeira da temporada, garantindo o fluxo de caixa para novos investimentos e para a manutenção do elenco competitivo montado para 2025. A torcida agora aguarda o cumprimento da ordem judicial, que pode ser decisiva para o futuro do clube.

Fhilipe Pelájjio
Fhilipe Pelájjiohttps://moonbh.com.br/fhilipe-pelajjio/
Publicitário, jornalista e pós-graduado em marketing, é editor do Moon BH e do Jornal Aqui de BH e Brasília. Já foi editor do Bhaz, tem passagem pela Itatiaia e parcerias com R7, Correio Braziliense e Estado de Minas. Especialista na cobertura de futebol, com foco em Atlético, Cruzeiro, Palmeiras e Flamengo há mais de 10 anos.