HomeEsportesCruzeiroCruzeiro poderia pagar salário de Arrascaeta e Pedro se Gabigol sair

Cruzeiro poderia pagar salário de Arrascaeta e Pedro se Gabigol sair

A possível saída de Gabigol do Cruzeiro para 2026 deixou de ser apenas um debate esportivo para se tornar uma questão de sobrevivência financeira. O custo mensal do atacante é tão elevado que sua permanência trava qualquer outra movimentação de impacto no mercado. Segundo o R7 Esportes (Blog do Nicola), o “pacote Gabigol” custa aos cofres celestes cerca de R$ 3,45 milhões por mês.

O cálculo leva em conta salários, direitos de imagem e as luvas diluídas no contrato. Projetando esse valor até o fim do vínculo, em dezembro de 2028, o Cruzeiro teria um compromisso financeiro total estimado em R$ 134 milhões. Diante desse cenário, a diretoria avalia que liberar o jogador — desde que seja uma saída definitiva e não um empréstimo subsidiado — traria uma economia capaz de reformular todo o elenco.

Poder de Compra do Cruzeiro: O Que Dá para Pagar com R$ 3,45 Milhões?

Para dimensionar o peso desse contrato na folha salarial, basta comparar com os elencos mais caros do Brasil. O valor mensal gasto apenas com Gabigol seria suficiente para bancar, simultaneamente, dois ou três protagonistas de Flamengo ou Palmeiras.

De acordo com o levantamento de salários publicado pelo R7, a economia gerada permitiria, em tese, as seguintes combinações no mercado:

  • No Palmeiras: O montante pagaria Andreas Pereira (estimado em R$ 2,2 milhões/mês) e Raphael Veiga (R$ 1,3 milhão/mês) juntos. Ou seja, o Cruzeiro troca um jogador por dois dos melhores meias do país.
  • No Flamengo: Com base em estimativas de mercado similares, o valor de R$ 3,45 milhões cobriria os vencimentos somados de Arrascaeta (R$ 1,1 milhão), Pedro (R$ 1,1 milhão) e Luiz Araújo (R$ 1 milhão).

Os Três Cenários de Saída

Foto: Gustavo Aleixo – Cruzeiro

A economia real, no entanto, depende do modelo de negócio. O Cruzeiro trabalha com três possibilidades:

  1. Saída Total: Venda ou rescisão amigável onde o clube deixa de pagar 100% dos vencimentos. Economia real de R$ 3,45 milhões mensais.
  2. Empréstimo Compartilhado: O Cruzeiro divide a conta com o interessado (ex: Santos). A economia cairia para cerca de R$ 1,7 milhão, o que alivia, mas não resolve o problema.
  3. Empréstimo Subsidiado: O pior cenário, onde a Raposa paga a maior parte apenas para o jogador não ficar no elenco, mantendo a folha inchada.

Análise Moon BH: O Custo de Oportunidade

O caso Gabigol é um retrato fiel do novo mercado do futebol brasileiro: nome grande vende camisa e manchete, mas quem ganha campeonato é elenco equilibrado. Se o Cruzeiro conseguir uma saída que gere economia real (a tal “saída total”), abre espaço para fazer o que os rivais fazem melhor: ter três titulares de alto nível pelo preço de uma estrela.

Manter Gabigol significa apostar tudo em um único número da roleta. Negociá-lo significa recuperar o orçamento para montar um time. A briga de 2026 começa na tabela, mas a vantagem competitiva nasce no controle rigoroso da folha de pagamento.

Fhilipe Pelájjio
Fhilipe Pelájjiohttps://moonbh.com.br/fhilipe-pelajjio/
Publicitário, jornalista e pós-graduado em marketing, é editor do Moon BH e do Jornal Aqui de BH e Brasília. Já foi editor do Bhaz, tem passagem pela Itatiaia e parcerias com R7, Correio Braziliense e Estado de Minas. Especialista na cobertura de futebol, com foco em Atlético, Cruzeiro, Palmeiras e Flamengo há mais de 10 anos.