O Cruzeiro decidiu se retirar das negociações por Vitão, zagueiro do Internacional, e já trabalha com outros nomes para reforçar a defesa em 2026. A decisão da diretoria celeste foi tomada após o clube definir que não aumentaria a oferta e não entraria em um leilão financeiro, justamente no momento em que o Flamengo avançou com uma proposta considerada superior pela diretoria colorada.
Segundo apuração do ge, a Raposa chegou a ter um acordo encaminhado para contar com o defensor, pagando € 7 milhões (cerca de R$ 46 milhões) por 80% dos direitos econômicos. No entanto, o tempo e a engenharia financeira pesaram contra os mineiros.
O Pacote do Cruzeiro que “Melou”
A proposta inicial do Cruzeiro era complexa e envolvia ativos além do dinheiro. O desenho previa o pagamento dos € 7 milhões, a cessão definitiva do zagueiro João Marcelo e o empréstimo do volante Japa por uma temporada.
O negócio travou em dois pontos cruciais:
- Recusa do Jogador: João Marcelo não quis se transferir para o Internacional, o que desidratou o pacote oferecido pela Raposa.
- O “Teto” da Pré-Temporada: Com o calendário apertado, o Cruzeiro queria o reforço imediatamente e não estava disposto a esperar o Inter resolver suas pendências internas.
Flamengo Entra com Força: Dívida e Dinheiro

Enquanto o Cruzeiro tentava convencer jogadores a entrar na troca, o Flamengo foi pragmático. O Rubro-Negro montou uma operação financeira que agradou mais ao Inter, combinando dinheiro à vista com o abatimento de passivos antigos.
- O Valor Total: A transação gira em torno de € 10 milhões (aprox. R$ 65 milhões).
- A Engenharia: O pacote inclui o perdão da dívida referente à compra de Thiago Maia (com valores corrigidos) e um complemento em dinheiro para o caixa colorado.
O Internacional aceitou a proposta carioca e a negociação avançou para a fase de discussão salarial diretamente com o estafe de Vitão.
Análise Moon BH: Decisão Racional
A desistência do Cruzeiro é menos sobre “não querer o Vitão” e mais sobre recusar entrar num jogo de leilão perigoso. Quando a operação passou a depender da vontade de terceiros (João Marcelo) e a concorrer com um rival disposto a pagar parte à vista e perdoar dívidas milionárias, a Raposa perdeu a vantagem competitiva.
Sair da mesa agora permite ao Cruzeiro focar o orçamento em um “Plano B” sem perder tempo de pré-temporada. Para o Flamengo, o negócio fecha uma lacuna na zaga com um nome de peso, usando um crédito (Thiago Maia) que poderia ser difícil de receber. No fim, o Inter conseguiu o que queria: valorizou o ativo e vendeu pelo preço cheio, escapando do risco de perder o jogador de graça em 2026.