A rivalidade interestadual não fechou as portas para o mercado. O Flamengo sinalizou que está disposto a negociar Everton Cebolinha com o Cruzeiro, caso a proposta financeira faça sentido. A diretoria celeste, ciente da oportunidade, já deu o primeiro passo: procurou o estafe do atacante e, ao consultar formalmente o Rubro-Negro, ouviu que o negócio é possível se os números “agradarem”.
Essa abertura repentina da Gávea tem um motivo financeiro urgente. O Flamengo pode ser obrigado a pagar mais € 1,5 milhão (cerca de R$ 9,4 milhões) ao Benfica caso Cebolinha permaneça no elenco após a virada do ano. Essa cláusula contratual funciona como um “acelerador” de decisão: vender agora significa economizar esse montante e evitar um custo extra por um jogador que perdeu a titularidade.
O Risco do Pré-Contrato e a “Liquidação” no Flamengo
Além da conta a pagar aos portugueses, o relógio joga contra o Flamengo. Com contrato válido até 2026 (algumas fontes citam junho, outras dezembro), o clube carioca teme o cenário de pesadelo: ver um ativo caríssimo chegar à metade do ano que vem podendo assinar um pré-contrato para sair de graça.
Por isso, a postura mudou. De “inegociável”, Cebolinha passou para a lista de saídas prováveis. Segundo a ESPN, o plano rubro-negro é viabilizar a venda já nesta janela, aceitando até um valor mais “facilitado” ou abaixo da multa para destravar a operação e limpar a folha salarial de um atleta que já pediu para ser negociado em busca de mais minutos.
Cruzeiro: O Bote da Raposa

O Cruzeiro monitora essa situação de perto. A SAF mineira enxerga em Cebolinha, de 29 anos, o perfil ideal de “reforço pronto”: experiente, com currículo de títulos e capacidade de impacto imediato nas pontas, posição carente no elenco.
A apuração da Rede 98 confirma que o monitoramento celeste evoluiu para contatos reais. A concorrência, porém, é pesada: Grêmio (pela identificação), Atlético-MG e Santos também sondaram a situação, o que pode transformar a venda em um “leilão controlado”.
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A combinação de contrato encurtando, cláusula de R$ 9,4 milhões batendo à porta e a insatisfação do jogador cria um empurrão raro para uma venda rápida — exatamente o tipo de janela em que o Cruzeiro costuma tentar o bote. Agora, a pergunta que decide tudo é simples: o Flamengo vai priorizar recuperar o máximo possível do investimento ou vai preferir se livrar do risco financeiro imediato e seguir em frente? Se a opção for a segunda, a Raposa tem chances reais.