A chegada de Tite ao comando do Cruzeiro começou a movimentar as placas tectônicas do mercado da bola para 2026. O clube mineiro ganhou força nos bastidores pelo interesse em Gabriel Bontempo, meia de 20 anos do Santos. O que parece ser apenas uma sondagem por uma promessa da base, no entanto, conecta-se diretamente a uma novela de peso que interessa aos dois lados: o futuro de Gabigol.
O cenário é complexo e envolve cifras astronômicas. Enquanto o Cruzeiro busca rejuvenescer o elenco com aval da nova comissão técnica, o Santos sonha em repatriar seu ídolo, mas esbarra em barreiras financeiras e contratuais — incluindo uma multa rescisória nacional estipulada em R$ 700 milhões.
Quem é o Alvo do Cruzeiro e a Conexão Tite
Gabriel Bontempo, natural de Uberaba (MG), foi uma das apostas do Santos em 2025, somando 37 partidas no time principal. Apesar de ter contrato renovado até 2028, o meia perdeu espaço na reta final da temporada devido à concorrência de veteranos como Willian Arão e Zé Rafael.

O “Efeito Tite” explica o interesse da Raposa. A nova comissão técnica do Cruzeiro conta com Matheus Bachi (auxiliar e filho de Tite) e Fabio Mahseredjian (preparador físico), ambos vindo justamente do Santos. Eles conhecem o potencial de Bontempo e veem nele um “ativo de projeto”: jovem, com margem de evolução e perfil para ser lapidado a longo prazo na Toca da Raposa.
O Nó Gabigol no Santos: Salários e Multa
Enquanto o Cruzeiro olha para Bontempo, o Santos olha para Gabigol. O Peixe quer o atacante para 2026, mas a operação é financeiramente proibitiva nos moldes atuais. Segundo apurações do ge e da CNN, os números assustam:
- Salário: Acima de R$ 3 milhões mensais.
- Recebíveis: Gabigol teria mais de R$ 105 milhões a receber até o fim do contrato.
- Multa Rescisória: R$ 700 milhões para o mercado interno (e mais de € 100 milhões para o exterior).

Para o Santos, a única forma viável de negócio seria uma rescisão amigável ou um empréstimo com divisão de custos. É aqui que o mercado começa a ligar os pontos: a inclusão de jogadores como Bontempo poderia servir como “moeda de troca” ou facilitador para destravar a saída do camisa 99 rumo à Vila Belmiro.
Os Cenários na Mesa para Santos e Cruzeiro
Com as informações públicas disponíveis, três caminhos de engenharia financeira fazem sentido para Cruzeiro e Santos:
- Empréstimo com Divisão: O modelo mais viável para Gabigol, onde os clubes dividem os salários.
- Negócio “Casado”: O Cruzeiro facilitaria a liberação de Gabigol (reduzindo pedidas) em troca da chegada definitiva ou por empréstimo de Bontempo.
- Rescisão: Uma saída negociada do atacante, limpando a folha do Cruzeiro e deixando-o livre para assinar com o Santos, enquanto a Raposa negocia Bontempo em paralelo.