O Cruzeiro decidiu “pesar a mão” no investimento fora das quatro linhas para a temporada 2026. A contratação de Tite, oficializada após a saída relâmpago de Leonardo Jardim, chega acompanhada de cifras que mudam o patamar financeiro do clube. De acordo com informações do jornalista Jorge Nicola, o pacote que envolve o treinador e sua comissão técnica custará aos cofres da Raposa cerca de R$ 2,5 milhões por mês.
Esse valor coloca Tite imediatamente no topo da pirâmide salarial do futebol brasileiro, ocupando o posto de segundo técnico mais bem pago do país. O novo comandante celeste só fica atrás de Abel Ferreira, do Palmeiras, que segue como referência isolada no mercado nacional.
O contrato de Tite com o Cruzeiro é válido até o fim de 2026, sinalizando que a diretoria busca estabilidade e resultados a curto prazo, apostando em um nome de “grife” para pacificar o ambiente e entregar desempenho.
Tite no Cruzeiro está no retrovisor de Abel Ferreira
O número de R$ 2,5 milhões chama a atenção porque coloca o Cruzeiro operando no mesmo “andar” financeiro do Palmeiras, algo impensável em temporadas recentes de reconstrução.
- 1º Lugar: Abel Ferreira (Palmeiras) — Estima-se ganhos na casa de R$ 3 milhões mensais.
- 2º Lugar: Tite (Cruzeiro) — Custo aproximado de R$ 2,5 milhões mensais (incluindo auxiliares).
- A Diferença: O gap entre o líder e o novo vice-líder do ranking encurtou para cerca de R$ 500 mil, consolidando uma nova elite de remuneração na Série A.

Parte do salário deve ser pago com a economia que Gabigol vai gerar ao sair do clube (veja aqui).
O Recado para 2026 e Recusa ao Atlético-MG
Para um clube que vem de uma temporada turbulenta e precisa tomar decisões duras sobre o elenco, a escolha por uma folha salarial “premium” para a comissão técnica manda um recado claro ao mercado e à torcida: o Cruzeiro cansou de apostas.
Ao investir pesado em Tite, a SAF celeste busca um treinador com repertório de vestiário, experiência em mata-mata e costas largas para suportar a pressão. O valor astronômico é o preço que se paga para reduzir a margem de erro. Não se trata apenas de contratar um técnico, mas de comprar a autoridade que o nome Tite carrega, na esperança de que isso se traduza em uma mudança imediata de postura e competitividade.
É curioso que nos últimos anos Tite foi especulado como treinador do rival Atlético-MG em pelo menos cinco vezes. Na mais recente, com a queda de Cuca, ele teria alegado que precisava se dedicar a própria saúde.