O Cruzeiro ganhou duas ótimas notícias na Toca da Raposa II: os volantes Matheus Henrique e Fagner foram liberados pelo departamento médico e viajaram com a delegação para encarar o Juventude, nesta quinta-feira (20), às 16h, no Alfredo Jaconi. A volta dos dois atletas, que estavam lesionados, aumenta as opções de Leonardo Jardim em um jogo que coloca frente a frente dois times em extremos opostos da tabela.
O Cruzeiro já tem 100% de probabilidade de vaga na Libertadores 2026, enquanto o Juventude tem um risco assustador de 82,5% de rebaixamento (segundo a UFMG).
Os Reforços de Peso no Cruzeiro: Cautela e Experiência
A volta da dupla é um respiro para o elenco, que terá pela frente um calendário apertado e jogos decisivos na Copa do Brasil.
- Matheus Henrique: O volante retorna após se recuperar de um problema sério e será peça-chave. Ele é um jogador box-to-box, com capacidade de progressão e passe vertical, que pode entrar no meio-campo para criar e controlar o ritmo do jogo.
- Fagner: O lateral-direito experiente volta para disputar posição com William. Sua rodagem é um trunfo para Jardim, que pode utilizá-lo tanto na lateral quanto em funções mais avançadas pelo lado direito em fim de jogo.
Apesar da liberação, a tendência é de cautela. Ambos devem iniciar no banco de reservas, entrando com minutagem controlada para não correr o risco de uma recaída.
O Xadrez de Jardim: O Plano com os Retornos
A provável escalação do Cruzeiro deve ser conservadora no início, mantendo a estrutura que tem dado solidez defensiva, mas com os retornos a postos para o segundo tempo. O desenho inicial deve ter Cássio, William, Fabrício Bruno, Villalba e Kaiki, com Lucas Romero, Lucas Silva e Eduardo no meio, e o trio Sinisterra, Gabigol e Kaio Jorge na frente.

- Matheus Henrique como Coringa: Se o Cruzeiro precisar de mais controle e criatividade, Matheus Henrique pode entrar no lugar de Eduardo ou de um dos volantes, recuando Lucas Silva.
- Fagner como Fechador: O lateral deve ser uma opção de banco para garantir a experiência defensiva ou para atuar em um papel mais adiantado, aproveitando o cansaço do adversário.
O Jogo de Sobrevivência do Juventude
O Juventude entra em campo jogando uma “final”. A matemática (82,5% de risco de queda) obriga o time a marcar forte e apostar na intensidade, principalmente na bola aérea. O técnico Thiago Carpini deve montar um time fechado, com marcação agressiva, para tentar travar o jogo de construção do Cruzeiro.
Análise: A Força do Elenco de Titular e Reserva
O duelo no Jaconi é o teste perfeito para medir a “força de elenco” do Cruzeiro na briga pelo título. O time precisa mostrar que consegue rodar peças importantes como Matheus Henrique e Fagner sem perder intensidade e qualidade.
Se a Raposa conseguir controlar o nervosismo do Juventude, aproveitar a qualidade técnica e usar bem os minutos de seus reforços, tende a transformar um jogo perigoso em mais um passo sólido de um time que já garantiu a Libertadores e segue vivo no sonho do título do Brasileirão.