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Cruzeiro e o “caminhão de dinheiro” árabe por Matheus Pereira, e Pedrinho BH define preço de R$ 157 milhões

A temporada espetacular de Matheus Pereira com a camisa do Cruzeiro voltou a colocar o camisa 10 na mira do dinheiro “infinito” do Oriente Médio. Nas últimas semanas, a diretoria da SAF recebeu novas e insistentes sondagens de clubes da Arábia Saudita que monitoram o jogador para uma investida pesada em janeiro de 2026.

A resposta de Pedrinho BH, no entanto, foi a mesma dada ao Palmeiras e ao Zenit ao longo do ano: “não”. O Cruzeiro “bateu o pé” e definiu a “régua” para qualquer negociação: a conversa só começa a partir do valor da multa rescisória, estipulada em € 25 milhões (aproximadamente R$ 157 milhões na cotação atual).

A Corrida Contra o Tempo: O Risco do Pré-Contrato de Matheus Pereira

Embora o clube tenha o controle da situação agora, a diretoria vive uma corrida contra o relógio. O contrato de Matheus Pereira com o Cruzeiro termina em 30 de junho de 2026. Pela regra da FIFA, isso significa que, a partir de 1º de janeiro de 2026 – daqui a menos de 50 dias –, o jogador pode assinar um pré-contrato de graça com qualquer clube do mundo.

É por isso que a renovação do camisa 10 virou a prioridade máxima na Toca da Raposa. O clube já abriu negociações para estender o vínculo (provavelmente até 2028 ou 2029) e oferecer uma nova valorização salarial, “blindando” o atleta do assédio árabe e do risco de perdê-lo de graça.

R$ 80 Milhões do Palmeiras e R$ 124 Milhões do Zenit

A “régua” de € 25 milhões (R$ 157 mi) não é um blefe. O Cruzeiro já provou que não está para brincadeira e que sabe o valor do seu ativo.

  • A Sondagem do Palmeiras: No fim de 2024, o rival paulista sondou o jogador com valores que circulavam na casa dos € 14 milhões (R$ 80 milhões), mas ouviu um “não” imediato.
  • A “Quase Venda” ao Zenit: Em fevereiro de 2025, o Zenit (Rússia) avançou com uma proposta robusta que chegava perto de € 20 milhões (R$ 124 milhões). O negócio “melou” na última hora por decisão do próprio Matheus Pereira, que optou por seguir no projeto do Cruzeiro.

O Fator Seleção: O Hype que Ajuda o Cruzeiro

Foto: Gustavo Aleixo – Cruzeiro

O preço exigido pelo Cruzeiro é inflado, também, pelo momento do jogador. A temporada de Matheus Pereira foi tão espetacular que uma “pressão popular” se criou para que Carlo Ancelotti o convocasse para a Seleção Brasileira. Até mesmo o goleiro Cássio cobrou publicamente a chance para o companheiro. Esse “hype” eleva a percepção de valor do meia no mercado internacional e dá a Pedrinho BH ainda mais argumentos para exigir a multa cheia.

Análise: Renovar ou Vender pelo Preço Máximo?

A SAF do Cruzeiro está em uma sinuca de bico estratégica. O clube não quer vender seu principal jogador e líder técnico, que tem o maior salário do elenco. A prioridade absoluta é a renovação antes de 1º de janeiro.

No entanto, se o jogador (ou seu estafe) sinalizar que não pretende renovar agora para “testar o mercado” como agente livre, o cenário muda. Nesse caso, a janela de janeiro vira a última chance de o Cruzeiro fazer caixa. É aí que as propostas do Oriente Médio, únicas capazes de pagar à vista os € 25 milhões exigidos, se tornam a “solução” para evitar um prejuízo milionário.

A torcida celeste vive a expectativa: ou a renovação é assinada nas próximas semanas, ou o clube será forçado a vender seu maior ídolo pelo maior valor possível para não perdê-lo de graça em julho.

Marcos Amaral
Marcos Amaral
Jornalista formado pela Estácio de Sá, cobre futebol por paixão e profissão. Jogador amador, é especialista na cobertura do Flamengo, Palmeiras, Cruzeiro, Atlético, Grêmio e Corinthians. Há mais de anos acompanha de perto o futebol nacional.