HomeEsportesCruzeiroCruzeiro corre para evitar 'desastre' com Matheus Pereira, de R$ 124 milhões

Cruzeiro corre para evitar ‘desastre’ com Matheus Pereira, de R$ 124 milhões

A situação do meia Matheus Pereira, o cérebro e dono do maior salário do elenco do Cruzeiro, se transformou na principal novela de bastidores da SAF. A diretoria corre contra o tempo para garantir a renovação do camisa 10, que em fevereiro deste ano chegou a ter um negócio de € 20 milhões (cerca de R$ 124 milhões na época) com o Zenit, da Rússia, dado como certo, mas que “naufragou” nas últimas horas por decisão do próprio jogador.

Agora, o clube mineiro tem um prazo apertado e uma missão clara: renovar o contrato do craque antes que ele possa assinar de graça com qualquer outro time.

O Prazo Fatal ao Cruzeiro: 1º de Janeiro de 2026

O “desastre” que a diretoria tenta evitar tem data marcada. O contrato atual de Matheus Pereira com o Cruzeiro termina em 30 de junho de 2026. Pela regra da FIFA, isso significa que a partir de 1º de janeiro de 2026 – daqui a menos de dois meses – ele fica livre para assinar um pré-contrato com qualquer clube do mundo e deixar a Toca da Raposa de graça no meio do ano.

Para a SAF, que investiu US$ 5,5 milhões (cerca de R$ 30 milhões) por 50% dos direitos do jogador, perdê-lo sem compensação financeira seria um prejuízo esportivo e financeiro irreparável. Por isso, a renovação virou a prioridade máxima de Pedrinho BH.

O Que Está em Jogo na Renovação de Matheus Pereira?

As conversas, que foram reativadas em outubro, buscam “blindar” o atleta. O Cruzeiro já ofereceu um novo contrato (especula-se que até 2028) e uma valorização salarial significativa.

Foto: Gustavo Aleixo – Cruzeiro

O salário de Matheus Pereira, já confirmado por Pedrinho como o maior do elenco, deve atingir um novo patamar, com estimativas de mercado (não oficiais) apontando para valores que podem ultrapassar os R$ 2 milhões mensais no novo acordo, incluindo luvas e bônus.

O Histórico Conturbado de 2025

A urgência da renovação é ampliada pelas reviravoltas que marcaram o ano do jogador.

  • O “Não” ao Zenit: Em fevereiro, o clube russo colocou € 20 milhões na mesa. O Cruzeiro aceitou, mas, nas horas finais da janela russa, Matheus e seu estafe recuaram por um desacerto nos termos pessoais, e o negócio melou.
  • A “Troca” com o Flamengo: Logo depois, surgiu o rumor de uma troca por Luiz Araújo. A diretoria do Flamengo confirmou a procura, mas o Cruzeiro negou veementemente, afirmando que a conversa partiu de intermediários e que o jogador só sairia para o exterior.

Análise: O Poder na Mão do Jogador (e do Cruzeiro)

O “não” ao Zenit, embora tenha “custado” R$ 124 milhões ao caixa imediato do Cruzeiro, teve um efeito colateral: mostrou que o jogador está comprometido com o projeto esportivo e não sairá por qualquer oferta, dando à SAF o poder de barganha para negociar com calma.

Agora, a situação se inverteu. O poder mudou para a mão do jogador, que tem o relógio a seu favor. O Cruzeiro precisa fechar o acordo de renovação antes de 1º de janeiro. Caso contrário, corre o risco real de ver seu principal ativo assinar um pré-contrato com outro clube. A diretoria está otimista, mas a corrida contra o tempo é real. A manutenção de Matheus Pereira é a pedra fundamental de todo o projeto esportivo da Raposa para 2026.

Fhilipe Pelájjio
Fhilipe Pelájjiohttps://moonbh.com.br/fhilipe-pelajjio/
Publicitário, jornalista e pós-graduado em marketing, é editor do Moon BH e do Jornal Aqui de BH e Brasília. Já foi editor do Bhaz, tem passagem pela Itatiaia e parcerias com R7, Correio Braziliense e Estado de Minas. Especialista na cobertura de futebol, com foco em Atlético, Cruzeiro, Palmeiras e Flamengo há mais de 10 anos.