Belo Horizonte respira futebol e vive a expectativa de duas conquistas maiúsculas que podem tomar conta da cidade nas próximas semanas. De um lado, o Atlético está a 90 minutos de uma glória continental. Do outro, o Cruzeiro sonha com um prêmio recorde na Copa do Brasil, que viria acompanhado de uma promessa ousada de seu dono: “carretas de cerveja de graça” para a torcida.
A rivalidade, agora, também se mede em milhões e na logística de quem fará a maior festa.
O Cenário do Cruzeiro: O Caminho Longo (R$ 77 Milhões) e a Cerveja
Para a Nação Azul, o caminho é mais longo, mas o prêmio é mais que o dobro. O Cruzeiro primeiro precisa passar pela difícil semifinal da Copa do Brasil contra o Corinthians (jogos em 10 e 14 de dezembro). Se avançar, as finais acontecem nos dias 17 e 21 de dezembro.
- O Prêmio: A vaga na final já garante uma fortuna, mas o título da Copa do Brasil rende, sozinho, uma cota de R$ 77,175 milhões ao campeão. Somando as fases anteriores, o valor total pode ultrapassar os R$ 100 milhões.
- A Festa: É com esse dinheiro que Pedro Lourenço (Pedrinho BH) planeja cumprir sua promessa. O dono da SAF já declarou publicamente, em mais de uma ocasião, que bancará “5 carretas de cerveja grátis” para a torcida em caso de título, em um evento negociado com a Ambev.
O presidente da SAF, Pedrinho BH, já tinha falado em trazer cinco carretas para Belo Horizonte em parceria com a Ambev, para comemorar a vitória em caso de título na Sulamericana.
A festa deve acontecer caso o cube vença a Copa do Brasil. Já o prêmio, há chances de boa parte ser dividido entre os jogadores, como recompensa.
O Cenário do Atlético: A Glória Imediata (R$ 37 Milhões)
A ansiedade da Massa Atleticana é mais imediata. O Galo disputa a grande final da Copa Sul-Americana em jogo único, no próximo sábado, 22 de novembro, contra o Lanús, no Estádio Defensores del Chaco, em Assunção.
- O Prêmio: Além da glória continental, o título vale uma injeção de caixa de US$ 6,5 milhões (cerca de R$ 36 a R$ 37 milhões na cotação atual), valor atualizado pela Conmebol para 2025.
- A Festa: Por ser uma final única fora do país, o clube ainda não anunciou um protocolo oficial de celebração, que depende do resultado. No entanto, a expectativa é de uma recepção calorosa no retorno a Belo Horizonte, com a tradicional concentração de torcedores nos arredores da Arena MRV, exigindo uma operação especial das autoridades de trânsito e segurança.
Análise: Logística de Guerra para Celebrar
A capital mineira se prepara para dois cenários distintos de festa. A do Atlético seria explosiva e imediata, com a comemoração começando em Assunção e terminando em BH no dia seguinte. A logística seria comprimida, focada na recepção do time.
A do Cruzeiro, por sua vez, seria uma celebração mais planejada, mas de proporções gigantescas. A promessa de Pedrinho BH, embora popular, exigiria uma operação de guerra: autorizações da Prefeitura (PBH), interdição de vias pela BHTrans, segurança da PMMG e aval do Corpo de Bombeiros. Seria um evento de rua de grande porte, com data provável para o dia seguinte à final (22 de dezembro).
Para ambas as torcidas, o sonho está vivo. O Atlético joga pela glória continental imediata e um prêmio robusto. O Cruzeiro joga pelo maior prêmio financeiro do país e a promessa de uma festa popular histórica. Novembro e dezembro definirão qual lado de Belo Horizonte (ou ambos) irá fechar o ano em festa.
