O zagueiro Zé Ivaldo está de malas prontas para retornar ao Cruzeiro em janeiro de 2026. Emprestado ao Santos até o final desta temporada, o defensor não atingirá a meta de jogos que acionaria a cláusula de compra obrigatória. A decisão do clube paulista de não utilizá-lo na reta final do campeonato foi estratégica, visando evitar o pagamento do valor fixado no contrato.
A Cláusula Não Ativada: A Economia Santista
O acordo de empréstimo, firmado no início de 2025, previa que o Santos seria obrigado a comprar Zé Ivaldo caso ele atuasse em 60% das partidas da temporada. O valor estipulado para a transferência definitiva era de US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,38 milhões na cotação atual), possivelmente por 70% dos direitos econômicos.
Diante desse cenário e avaliando as opções no elenco (como Luan Peres e João Basso), a comissão técnica e a diretoria santista optaram por não escalar o jogador nas últimas rodadas, garantindo que a meta não fosse batida. A decisão, embora frustrante para o atleta, representa uma economia significativa para o caixa do Peixe.
O Impacto Financeiro para o Cruzeiro: Receita Adiada, Ativo Preservado
Para o Cruzeiro, a notícia tem dois lados. O negativo é a perda de uma receita imediata de mais de R$ 5 milhões que ajudaria no orçamento de 2025/2026. O positivo, no entanto, é a preservação do ativo. Zé Ivaldo tem contrato com a Raposa até dezembro de 2026 (assinado em 2023, antes de se apresentar) e retorna para compor o elenco em um setor que pode ter mudanças.
Como Zé Ivaldo Encaixa na Toca II em 2026?

O retorno do zagueiro pode ser muito útil para o técnico Leonardo Jardim. Com o contrato do paraguaio Mateo Gamarra se encerrando no final de 2025, a zaga celeste pode perder uma peça de rotação. Zé Ivaldo, conhecido pela força física e bom jogo aéreo, chegaria para brigar por posição e oferecer mais profundidade ao elenco, atuando como 3º ou 4º zagueiro.
O principal ponto de atenção será seu ritmo de jogo, já que ele atuou pouco nesta reta final de temporada pelo Santos. Uma pré-temporada forte será fundamental para que ele possa contribuir efetivamente ao longo da maratona de jogos de 2026.
Só que pelo que já foi apurado, o time de Leonardo Jardim não tem a intenção de contar com o jogador no elenco para o ano que vem, o que vai obrigar o Cruzeiro a procurar uma venda ou novo empréstimo. Times árabes podem despontar como destino.
Decisão Fria do Mercado
A escolha do Santos foi puramente estratégica e financeira, priorizando o caixa em detrimento da manutenção de um jogador que foi útil em parte da temporada. Para o Cruzeiro, a “perda” da receita imediata pode ser compensada pelo ganho esportivo. Ter um zagueiro experiente, já conhecido internamente e sem custos adicionais (além do salário já previsto) é valioso em um calendário apertado.
A reintegração ao elenco parece o caminho mais lógico, especialmente se Gamarra não permanecer. Uma venda futura ainda é possível, mas dependeria de propostas que superassem o valor que o Santos pagaria, algo incerto dado o período recente de inatividade do jogador. O mais provável é que Zé Ivaldo tenha uma nova chance de mostrar seu valor com a camisa estrelada em 2026.