Em um futebol movido por narrativas, os números às vezes falam mais alto. Com o gol de empate marcado pelo Cruzeiro contra o Sport, Gabigol não apenas salvou o time de uma derrota, mas enviou uma resposta silenciosa ao cenário nacional: ele chegou a 13 gols na temporada, igualando a marca de Pedro, seu sucessor no Flamengo.
A estatística é o capítulo mais recente e simbólico de sua jornada de redenção na Toca da Raposa.
Gabigol x Pedro e o desempenho no Cruzeiro e Flamengo
À primeira vista, o empate em 13 gols coloca os dois centroavantes no mesmo patamar em 2025. Uma análise mais fina, no entanto, revela contextos diferentes:
- Gabigol (Cruzeiro): 13 gols e 4 assistências em 38 jogos.
- Pedro (Flamengo): 13 gols e 5 assistências em 34 jogos.
O grande diferencial está na distribuição: Pedro tem sido mais letal no Brasileirão (10 gols), enquanto Gabigol, muitas vezes vindo do banco, distribuiu seus gols por mais competições (Mineiro, Copa do Brasil e Sul-Americana).
O ‘Fator Gabigol’: Redenção e Eficiência
Ainda que não seja titular absoluto, o impacto de Gabigol no Cruzeiro é inegável. Levantamentos de desempenho mostram que ele tem uma das maiores eficiências do elenco, com uma participação em gol a cada 87 minutos no Brasileirão.

Após ter a suspensão por “fraude de doping” derrubada pela Justiça e retomar a carreira, cada gol marcado é um passo em sua “redenção” pessoal e esportiva, provando que ele continua sendo um dos atacantes mais decisivos do país.
O que a Boa Fase Significa para 2026?
Atingir essa marca de gols dá a Gabigol um trunfo importante para a conversa que ele mesmo admitiu que terá com a diretoria do Cruzeiro em dezembro. Com números que o colocam ao lado do centroavante do líder do campeonato, ele ganha moral e argumentos para discutir seu papel e sua minutagem para a temporada de 2026, seja na Raposa ou em outro clube.
O que eu acho?
O empate em gols com Pedro é uma vitória simbólica para Gabigol. Prova que, mesmo em um contexto diferente e com menos minutos, seu faro de artilheiro permanece intacto. Enquanto Pedro se consolida como a referência de um Flamengo que briga pelo título, Gabigol usa seus gols para reescrever sua própria história em Belo Horizonte. Ele não apenas voltou a jogar; ele voltou a ser relevante no debate nacional.