Uma ideia ousada do jornalista Rica Perrone incendiou o debate nas redes sociais entre torcedores do Cruzeiro e do Santos. Em participação na Rede 98, o influenciador defendeu que o craque Neymar deveria abrir mão de seu supersalário e buscar um clube com um nível competitivo mais alto que o do Santos para chegar em seu auge na Copa do Mundo de 2026.
A sugestão de Perrone foi direta: “O Cruzeiro seria um bom lugar pro Neymar passar seis meses”.
O argumento: competição acima do dinheiro
A lógica de Rica Perrone é puramente esportiva. Ele argumenta que, para um atleta do nível de Neymar, o ritmo de jogo e a pressão por resultados em um time que briga no topo da tabela, como o Cruzeiro, valem mais, neste momento, do que um pacote salarial maximalista em um projeto mais “afetivo”.
A tese é de que, para estar pronto para a Copa do Mundo, o camisa 10 precisa de minutos de altíssima exigência, com “jogos grandes toda semana”, algo que a Raposa, na briga pelo título do Brasileirão, poderia oferecer.
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Análise: a ideia faz sentido esportivamente?
Apesar de financeiramente ser um sonho distante, a sugestão de Perrone tem méritos esportivos.
- Prós: O Cruzeiro de Leonardo Jardim joga em um bloco compacto e com transições rápidas, um terreno fértil para um jogador como Neymar. A ambição do clube e a pressão por títulos criariam o ambiente de competitividade máxima que o craque precisa.
- Contras: O principal obstáculo é o econômico. O abismo salarial é gigantesco e exigiria uma engenharia financeira complexa e uma enorme renúncia por parte do atleta. Além disso, a chegada de um astro de seu tamanho mudaria completamente a dinâmica do vestiário.
Neymar no Cruzeiro por 6 meses
A frase “Cruzeiro por seis meses” é uma excelente manchete e uma ideia esportivamente fascinante, mas financeiramente utópica na vida real. Se Neymar estivesse disposto a fazer um sacrifício financeiro sem precedentes, Belo Horizonte lhe daria o palco, a pressão e um time competitivo para potencializá-lo.
O debate levantado por Rica Perrone, no fundo, é sobre o que o próprio Neymar quer para sua carreira em 2026. Se a resposta for, unicamente, chegar à Copa do Mundo em sua melhor forma possível, a tese de buscar o ambiente mais competitivo disponível deixa de ser uma simples “cornetada” e se transforma em um plano de carreira lógico.